Na sexta-feira (8/11), a comissão do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1) esteve reunida na sala Nhá Chica, na Cúria Metropolitana de Manaus para discutir os primeiros passos sobre a Campanha da Fraternidade de 2025 que vai avivar o tema para as dioceses e prelazias do regional Norte 1 da CNBB.
No encontro, Rosana Barbosa, que faz parte da Comissão de Ecologia Integral da Arquidiocese de Manaus e o padre Alcimar Araújo, vice-presidente da Cáritas Arquidiocesana e assessor das Pastorais Sociais, que participaram do Seminário Nacional de Campanhas sobre a CF 2025 que ocorreu na Casa Dom Luciano, no mês de setembro, em Brasília (DF), aprofundaram as primeiras ideias para tratar o tema voltado a Ecologia.
De acordo com irmã Rose Bertoldo, secretária executiva do Regional Norte 1, explicou que nesse primeiro momento, a comissão inicia o processo de formação: “A ideia é capacitar multiplicadores para poder contribuir nas formações nas nove igrejas que fazem parte do Regional Norte 1. Então esse é o primeiro passo que damos no caminho do Campanha da Fraternidade 2025”, explicou a irmã Rose.
O Texto-Base para o ano que vem reflete o fundamento que sustenta o caminho da Campanha da Fraternidade. De acordo com o tema “Fraternidade e ecologia integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31), o texto evoca a inter-relação entre o Criador e toda a criação, destacando o ser humano como protagonista do cuidado. A ele foi dada a missão de guardião responsável pela Casa Comum, na qual, dentro de uma cosmovisão integradora, se devem conjugar as dimensões ambiental, antropológica e teológica.
Ao longo dos anos, essa será a nona vez que a Campanha da Fraternidade irá tratar o tema central sobre a questão ambiental. O objetivo é chamar a atenção sobre a situação das mudanças climáticas que, na sociedade, necessitam de conversão, em vista do bem de todos de “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra” (Objetivo Geral da CF 2025).
Os elementos da identidade visual
A identidade visual da Campanha da Fraternidade 2025 é de autoria do Paulo Augusto Cruz, da Assessoria de Comunicação da CNBB. Nela estão representados os seguintes elementos:
São Francisco de Assis
Em destaque no cartaz, São Francisco de Assis representa o homem novo que viveu uma experiência com o amor de Deus, em Jesus crucificado, e reconciliou–se com Deus, com os irmãos e irmãs e com toda a criação. Esta reconciliação universal ganha sua maior expressão no Cântico das Criaturas, composto por São Francisco há precisos 800 anos. O recorte é da obra do período barroco “Êxtase de São Francisco de Assis”, de Jusepe De Ribera.
A cruz
No centro, a Cruz é um elemento importante na espiritualidade quaresmal e franciscana. No cartaz, ela recorda a experiência do Irmão de Assis com o crucifixo da Igreja de São Damião, em Assis, na Itália, onde Francisco ouviu o próprio Cristo que falava com ele e o enviava para reconstruir a sua Igreja. No início, Francisco entendeu que era a pequena Igreja de São Damião. Mais tarde, compreendeu que se tratava de algo bem maior, a Igreja mesma de Deus.
A natureza
A araucária, o ipê amarelo, o igarapé, o mandacaru, a onça pintada e as araras canindés, representam a fauna e a flora brasileiras em toda a sua exuberância, que ao invés de serem exploradas de forma predatória, precisam ser cuidadas e integradas pelo ser humano, chamado por Deus a ser o guarda e o cuidador de toda a Criação.
As cidades
Os prédios e as favelas refletem o Brasil a cada dia mais urbano, onde se aglomeram verdadeiras multidões num estilo de vida distante da natureza e altamente prejudicial à vida. Cada um de nós, seres humanos, o campo, a cidade, os animais, a vegetação e as águas fomos criados para ser, com a nossa vida, um verdadeiro “louvor das criaturas” ao bom Deus.
A colagem
O uso do estilo de colagem é uma escolha artística e simbólica. A técnica possibilita a união de elementos diferentes em uma única composição, refletindo a diversidade e a interligação entre tudo o que existe, entre toda a Criação. A escolha do estilo também faz referência à Ecologia Integral, onde todos os aspectos da vida – espiritual, social, ambiental e cultural – são considerados e valorizados.
Fonte: Regional Norte 1 / Por Flávia Horta – Arquidiocese de Manaus