A Lei Municipal nº 495/ 2025 estabeleceu o dia 4 de julho como feriado municipal no município de Santa Izabel do Pará. Por isso, a cidade celebrará, solenemente, nesta sexta-feira, 4 de julho de 2025, a primeira vez em que a população vivenciará esse momento como reverência especial à Padroeira do município, Santa Izabel de Portugal, justamente por ser essa a data em que a Igreja realizada a festa litúrgica em memória desta santa. O município Santa Izabel do Pará é um dos cinco que integram a Região Metropolitana de Belém.
A devoção a Santa Isabel é vivenciada pelos fiéis junto à Igreja Matriz Paróquia Santa Isabel de Portugal, localizada na praça Getúlio Vargas, bairro Centro, no município de Santa Izabel do Pará. A paróquia também é identificada pelo nome “Paróquia Santa Isabel, Rainha de Portugal”.
A Paróquia Santa Isabel de Portugal encontra-se em plena festividade tendo como destaque o círio no próximo domingo, 6 de julho.
A festa litúrgica de Santa Isabel de Portugal é celebrada em 4 de julho. Nesta data, a Igreja Católica celebra a memória desta rainha, conhecida por sua caridade e dedicação à paz, e reconhecida como padroeira de Portugal.
O feriado
O dia 25 de junho, agora, é uma data histórica para o município de Santa Izabel do Pará, pois registra um novo feriado municipal nessa cidade em homenagem à padroeira da cidade, a rainha Santa Isabel de Portugal.
O projeto de lei foi iniciativa do vereador Ricardo Luiz Amaral Santos (MDB-PA), aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal na última sessão ordinária do semestre, dia 24 de junho.
A sanção da Lei nº 495, de 2025 que cria o feriado municipal deu-se no dia seguinte, 25, às 11h, na Câmara Municipal de Santa Izabel do Pará, estando presentes em plenário o prefeito José Alberto Tavares da Trindade (Neneco Tavares/MDB-PA), o presidente do parlamento municipal, vereador Edmilson Galeno(MDB-PA) e demais autoridades.
Conduzindo a imagem peregrina da Padroeira, o pároco da Paróquia Santa Isabel de Portugal, padre Rúzevel Lourinho, esteve presente à sessão, acompanhado da coordenação do Círio 2025 em Santa Izabel, e de representantes das diversas comunidades que compõem a paróquia.
Padre Rúzevel Lourinho manifestou-se feliz pela sanção da lei que estabeleceu o feriado de importância religiosa para a Igreja. “É motivo de alegria verdadeira, dia 4 de julho, dia da padroeira da cidade, que seja de fato um dia santo, um dia de festa, para agradecermos a Deus, para louvarmos a Deus pelas dádivas, pelos exemplos e pelas virtudes deixadas por Santa Isabel de Portugal”.
O prefeito Neneco declarou que “é um dia muito especial para todos nós, que sancionamos essa lei. Além de gestor municipal, eu faço parte da coordenação do Círio, sou católico e Deus me proporcionou esse momento, de alegria e satisfação por poder ter sido pelas minhas mãos a oportunidade de ter dado essa honra à nossa Padroeira, Santa Isabel de Portugal”.
O autor do projeto de lei, o vereador Ricardo Amaral, presidiu o ato de sanção, e também expressou sua alegria. “Eu também, como católico, considero que é muito mais do que justo, homenagear a padroeira da cidade com esse feriado”.
A referida data passa a integrar o calendário Oficial do Município e, assim, deverá ser considerado feriado em todas as repartições públicas, em vigor a partir deste ano.
Quem é a Padroeira do município
Nascida em Zaragoza, na Espanha, em 127, Isabel pertencia à família real de Aragão, recebendo uma ótima formação, digna do seguimento de Cristo. Foi criada por seu avô, Tiago I, recém-convertido ao cristianismo.
A pequena filha de Pedro III de Aragão e de Constança da Sicília foi, a exemplo de sua tia-avó Santa Isabel da Hungria, grande seguidora de São Francisco de Assis e uma alma toda voltada para os pobres e necessitados.
Isabel partiu em 1282 partiu para as terras lusas. Ali, ela foi entregue em casamento ao rei Diniz, rei de Portugal, com apenas 12 anos de idade, porém, já dava testemunho de uma esposa cristã, uma mulher de oração e centrada na Eucaristia. Seu matrimônio foi um lugar de humilhação e santificação: ela permaneceu fiel e amável mesmo diante das traições e dificuldades com o esposo.
Era rainha, mas nunca esqueceu que também era irmã dos mais necessitados. Pacificou ânimos e guerras desde o berço até a hora da morte, e não houve, entre o primeiro nobre e o último, doente quem se furtasse à sua tão benéfica influência. Todos saíam de sua presença dispostos a reconciliar-se com Deus e a perdoar o próximo.
Religiosa e caridosa
Isabel ajudou a propagar a grande devoção a Nossa Senhora da Conceição.
Refundou, em 1314, o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra; também fundou, em 1321, em Santarém, o Hospital de Nossa Senhora dos Inocentes, voltado para crianças que, por algum motivo, eram abandonadas por suas mães.
Uma de suas últimas obras de caridade talvez tenha sido cuidar do seu próprio esposo. Dom Diniz, que tanto a fez sofrer, agora precisava dos cuidados de Isabel, que se dispôs, quis cuidar dele. Ele ficou doente em 1324, e faleceu no ano seguinte.
Viúva e Clarissa
Viúva, Isabel recolheu-se ao Convento de Santa Clara e recebeu o hábito no Mosteiro das Clarissas, em Coimbra, ingressando na Ordem Terceira Franciscana, após abdicar da condição de vida palaciana como rainha, destituindo-se também dos bens e títulos.
Isabel ainda saiu de Coimbra em 1336 para ir ao encontro de seu filho em razão de um novo conflito familiar. Apesar de estar enferma, concluiu a viagem acolhida e ouvida por seu filho.
Santa Isabel
Isabel faleceu no dia 4 de julho de 1336 e seu túmulo no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, é local de peregrinação. Foi sepultada no Mosteiro, em Coimbra. Foi canonizada pelo Papa Urbano VIII em 1665.
Padroeira de Portugal
Santa Isabel foi declarada padroeira de Portugal, recebendo do povo o título de “rainha santa da concórdia e da paz”, sendo invocada para a resolução de conflitos e discórdias.
A Rainha Santa é famosa pelo “Milagre das Rosas”, onde, segundo a lenda, o pão que levava escondido para os pobres transformou-se em rosas ao ser questionada pelo rei.