Início do Tríduo Pascal – Missa da Ceia do Senhor e Lava Pés

Foto: Luiz Estumano.
 

A Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, 18 abril, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, na Catedral Metropolitana, abriu oficialmente o Tríduo Pascal da Semana Santa. Com a presença dos fiéis, a celebração contou ainda com a cerimônia do Lava pés, simbolizando o serviço aos mais necessitados.


Na celebração relembram-se três acontecimentos muito importantes: a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio ministerial e o mandamento do amor. Jesus Cristo, em sua última Ceia, na noite em que foi traído, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e de vinho (Instituição da Eucaristia) e as deu aos apóstolos como alimento e mandou aos seus sucessores no sacerdócio fazerem disso a oferta, dizendo “Fazei isso em memória de mim” (Instituição do Sacerdócio Ministerial).


“Nós estamos começando a Páscoa. Hoje é a Páscoa da ceia, uma Páscoa na qual Jesus instituiu a Eucaristia, lavou os pés dos seus apóstolos e institui o sacerdócio e nos deixou o mandamento do amor. Então, são eventos bíblicos de grande significado para nossa fé. Portanto, nós queremos iniciar a celebração da Páscoa, vivendo este momento que é central na nossa vida cristã, justamente para nós aprendermos a partir do exemplo de Jesus e acolher a graça que ele mesmo nos oferece”, destacou Dom Alberto.


Nessa mesma noite, em todas as Igrejas do mundo é retirada do sacrário a hóstia consagrada, o corpo de Cristo, e é posta em um local digno fora das Igrejas e capelas, permanecendo lá até o sábado santo. O ato de se deixar o sacrário vazio dentro das Igrejas recorda-nos o momento em que nos é retirado Nosso Senhor Jesus Cristo para ser entregue à morte, e depois colocado no sepulcro.


Para Beatriz Matoso, missionária na Comunidade Shalom, a celebração é dentro da semana santa um convite à disposição ao próximo: “hoje em especial o Senhor nos convida, assim como ele que lavou os pés dos discípulos, a lavar também os pés uns dos outros. Para mim é um convite do Senhor a servir àqueles que precisam e eu sinto de modo particular dentro do meu coração que Ele me convida a crescer no amor. É um grande ato de Deus que se abaixa para se unir até nós.”


Durante a celebração, antes da instituição da Eucaristia, Dom Alberto recordou este momento e lavou e beijou os pés de 12 pessoas, mesmo número dos discípulos de Jesus, recordando quando Ele instituiu os Apóstolos como sacerdotes da Nova Aliança: “Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade” (Jo 17, 17s). Os ministros ordenados, sobretudo pela celebração da Eucaristia, perpetuam sacramentalmente o sacerdócio de Cristo e, assim, levam aos fiéis ao sacrifício de seu esposo. Este também é o simbolismo do amor com que Jesus amou a humanidade, um simples gesto de humildade e serviço ao próximo.


Para o aposentado João Nunes, 80 anos, estes ensinamentos devem ser o principal objetivo dos cristãos na Semana Santa: “vejo que estamos em um mundo mais desprendido de amor, de situações com violência. Por isso, que na semana busquemos a santificação, com jejum, com muitas orações e, principalmente, a caridade. Realizando estas atitudes, creio que participamos efetivamente da semana santa.”

Ao final da celebração, Dom Alberto conduziu o cibório até o altar onde incensou o Santíssimo Sacramento. Depois, houve breve adoração e logo após, o Santíssimo foi levado até a sala dos pontificais para Adoração Eucarística até a meia-noite.

 

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