Jovens em experiência missionária nas ilhas de Belém

Foto: Divulgação
 
Desde a quinta-feira, 17, um grupo de 40 pessoas do Setor Juventude de Belém, está nas ilhas que compõem a Paróquia de São Francisco das Ilhas, em Cotijuba, vivenciando a segunda experiência missionária. A programação tem como principal objetivo a evangelização naquela região, bem como suscitar a missionariedade nos jovens, que estarão acompanhados de Dom Antônio de Assis Ribeiro, um dos bispos auxiliares de Belém e responsável pelo Setor Juventude.
 
A primeira experiência missionária foi realizada no final de novembro de 2018, durante a celebração do Dia Nacional da Juventude. Naquela ocasião, todas as regiões episcopais realizaram uma ação evangelizadora. Esta de janeiro, porém, foca nas seis ilhas (Jutuba 1, Jutuba 2, Nova, Uribuoca, Longa e a de Cotijuba) que estão dentro da área de abrangência da Paróquia de São Francisco das Ilhas.
 
Segundo Dom Antônio, essa experiência tem a finalidade despertar a paixão missionária nos jovens: “a catequese teórica não basta, é necessário nós proporcionarmos aos jovens experiências concretas do discipulado de Jesus Cristo, que também inclui a experiência missionária. Os jovens gostam de fazer experiências. Através da experiência missionária vão assimilando a luta pelo Reino de Deus,  crescendo no Amor à igreja e assim se sentindo verdadeiros cristãos, discípulos de Jesus Cristo e promotores do mundo novo.”
 
Essa experiência missionária não será um fato isolado, sendo parte integrante de um processo de formação proposta para ser feito com os jovens. Dessa forma, outros objetivos concretos estão sendo trabalhados como o favorecimento de uma experiência de formação do discípulo missionário; promoção da experiência do encontro com realidades necessitadas do despertar da fé e da animação da vida eclesial e a de capacitar jovens para evangelizar outros jovens.
 
Ainda de acordo com o Bispo Auxiliar, esses objetivos irão exigir outras atividades, tais como curso bíblico, formação missionária em cristologia e eclesiologia, experiência da leitura orante da Palavra de Deus, retiros espirituais e visita às áreas de periferias e territórios de ocupação.
 
Aproximar os moradores das Ilhas de Cristo
 
Na última semana a comissão organizadora, com a presença de Dom Antônio, reuniu-se para definir os últimos detalhes. O foco da reunião foi a importância de aproximar os moradores das Ilhas de Cristo e dos grandes centros de nossa diocese. Destacou-se, ainda, que na área insular moram centenas de famílias necessitadas de alguém que as leve o Evangelho diário.
 
“Tudo isso foi cuidadosamente pensando pelo Sínodo da Amazônia que será esse ano, e também pelos 300 anos da nossa diocese, para que não parássemos de evangelizar em nossas regiões ribeirinhas”, afirmou Jairo Mota, da coordenação da experiência missionária.
 
Para a missão foram chamados jovens de várias paróquias com o perfil missionário, que tenham a sensibilidade de enxergar além do que está visível. “Enxergar a alma das famílias e que esteja preparado para encarar uma realidade existente, porém dificilmente vivenciada”, afirma Jairo.
 
Agenda de atividades
 
Na quinta-feira, 17, aconteceu a chegada dos missionários e, às 19h30, Dom Antônio presidiu Santa Missa de envio na Igreja Matriz. Após a liturgia, às 20h30, houve formação para os missionários, oferecida por Dom Antônio. Nesta sexta-feira, 18, a saída dos grupos de missionários aconteceu logo cedo, às 8h. Cada grupo, ao todo seis, o mesmo número de ilhas, fora dividido conforme reunião.   
 
Cada grupo a ser enviado deverá motivar as comunidades num horário marcado com os líderes das Ilhas em uma celebração conforme o melhor horário a ser vivenciado entre eles. Os grupos também devem lembrar a importância de ser Igreja e de rezar pela unidade da Igreja celebrando os oito anos de vida paroquial de São Francisco das Ilhas.
 
No sábado, 19, os grupos promovem entre si troca de experiências da missão e, à noite, na Capela de São Sebastião, na Praia Funda, participam de noite cultural. Dia 20 os missionários participam de caminhada missionária que conclui na Missa de encerramento da Festividade de São Sebastião.
 
Para Jairo Mota as expectativas são as melhores possíveis. “Na primeira vez fomos muito bem aceitos por todos os moradores. O que mais ouvimos de muitas famílias que visitamos era que pudéssemos ir mais vezes, pois os povos das Ilhas necessitam e se sentem esquecidos”. 

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