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Situando o prezado leitor: quase no final da nossa edição passada, em continuação ao estudo que vimos fazendo aqui, há algum tempo, da palavra maldição na Bíblia, em atendimento ao pedido de um leitor, já tendo pesquisado nos livros do Gênesis, do Êxodo e do Levítico, entramos no livro dos Números, chegando a ver que, nele, a palavra em questão aparece em três de seus capítulos, os de número 22, 23 e 24. No 22, cinco vezes: duas no v. 6 e uma nos vv 11, 12 e 17. No 23, sete vezes: uma no v.7, duas no v.8 e não no 6, como erradamente então es¬crevi, e uma nos vv 11, 13, 25 e 27. No cap. 24 duas vezes: uma no v 9 e uma no v 10. Ao todo, portanto, 14 vezes.
Como, na edição passada, só deu tempo para transcrever o que nos dizem os vv 6 e 11 do cap. 22, nesta de agora iniciemos pelo que nos relata seu v 12.
Ele nos revela a proibição de Deus ao profeta Balaão, convocado por Balac, rei de Moab, pra irem até lá a fim de, em seu nome, amaldiçoar os israelitas, saidos do Egito e estabelecidos na região: “Não irás com eles (os senadores de Moab e Madiã, incumbidos pelo rei de vir buscá-lo), nem amaldiçoarás esse povo, pois é bendito.”
Em 22, 17, novos enviados de Balac, mais importantes e em maior número que os primeiros, insistem com Balaão, em nome de seu rei: “Assim diz Balac, filho de Sefor: não te recuses a vir ter comigo, pois te farei muito rico e farei tudo que me disseres. Vem, por favor, amaldiçoar por mim esse povo”.
As sete vezes em que, no cap. 23, encontramos o tal verbo que, só de ser pronunciado, já deixa muita gente boa apavorada: no v 7, o citado profeta Balaão, chegado à cidade de Moab por ordem de Deus – “vai com esses homens; dirás, porém, unicamente o que eu te disser.” – repete a Balac o pedido que seus enviados lhe tinham feito: “Vem e amaldiçoa Jacó para mim, vem e fulmina Israel.”
No v. seguinte, no mesmo cap., o de no. 8, temos a resposta de Balaão a Balac, uma recusa, sob forma interrogativa: “Posso eu amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoa?”
No 11 o rei Balac recrimina Balaão: “O que fazes? Eu te trouxe para amaldiçoar meu inimigo e tu o abençoas!”
No v 13, Balac diz a Balaão: “Vamos, vem comigo para outro lugar que eu te indicar, de onde verás uma extremidade e não todo o povo. De lá o amaldiçoarás para mim.”
No v 25, Balac pede a Balaão: “Se não o amaldiçoas pelo menos não o abençoes.”
Enfim, no v 27, Balac insiste com Balaão: “Vem, vou levar-te a outro lugar. Quero ver se Deus se agrada que o amaldiçoes dali.”
Como ainda disponho de espaço, embora pouco, vejamos as duas vezes em que esse verbo de peso, que espero nunca ter de dizer nem ao pior dos meus inimigos, nos é mostrado no cap. 24. A 1ª: no v 9 assim se expressa Balaão, referindo-se ao povo de Israel: “Bendito quem te abençoar, maldito quem te amaldiçoar.”
Ouvindo essas palavras, Balac exclama, irritado, no v 10: “Chamei-te para amaldiçoar meu inimigo e já o abençoaste três vezes.” E o manda embora.
E eu, aqui, para que não me aconteça o mesmo, também me vou. Fui. Shalom!
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Miscelânea: Maldição (XV)
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