Miscelânea:De volta à grande viagem

 
 
 

Alguém, em boa hora, – ainda bem. Antes tarde que nunca. Obrigadíssimo: a ele e ao Senhor que o trouxe a mim – acaba de me perguntar por que não conclui o estudo que aqui vinha fazendo sobre a longa viagem (e não apenas longa, mas última, a que o levaria à infamante e, acrescente-se, salvífica, morte na cruz) de Jesus a Jerusalém, que ocupa nada menos que onze capítulos do evangelho de Lucas, de 9,31-19,40, e me sugere voltar a ele para terminá-lo.
 
A razão, que explica mas não justifica essa minha interrupção: outros assuntos – a título de curiosidade: as paradas de Jesus nessa sua viagem (um artigo); Lições de Jesus, às refeições, na viagem a Jerusalém (um artigo); Jesus em casa de Zaqueu (um artigo); Jesus em casa de Marta e Maria (um artigo); Jesus em casa de um fariseu (um artigo); Paz (três artigos); pureza e impureza (três artigos); Jesus e a pureza (um artigo); água lustral (um artigo); eunucos, (dois artigos), e a medalha de São Bento (um artigo) – todos eles, diga-se a bem da verdade, como se pode ver lendo-os, ligados a ela de alguma forma, acharam por bem forçar a barra e furar a fila, com o que, erradamente, nem sei por qual motivo, condescendi.
 
Com o sincero pedido de perdão ao leitor por tamanha falta, retornemos às lições de Jesus ao longo da sua derradeira viagem a Jerusalém, a última das quais chegada a ver – edição de 24/2- 2/3/2017- a recomendação de Jesus aos setenta discípulos, segundo alguns códices setenta e dois, enviados por ele aos lugares da Judéia a que pretendia ir: … “em qualquer cidade onde entrardes e não vos acolherem, saí para as praças e dizei: ‘até a poeira de vossa cidade, que se colou em nossos pés, nós a sacudimos para vô-la restituir. No entanto, sabei: o reinado de Deus chegou.’” (Lc 10, 10s, em tradução vernácula da Bíblia do Peregrino, edição da “Paulus”, que prefere “reinado” à palavra “reino”, razões que, a meu ver, agora não vêm ao caso. Segue-se, no v.12, uma explicação, que continua no v.16: “eu vos digo que naquele dia (o dia final da prestação de contas) a sorte de Sodoma será mais branda que a dessa cidade. Sodoma, para quem não sabe, era, em poucas palavras, uma das cinco cidades (as outras:  Gomorra, Adama, Saboim e Bala [Segor]) da Pentápolis (Penta, cinco em Grego e polis, cidades), região situada, segundo alguns topógrafos, ao norte do Mar Morto e, segundo outros, a grande maioria, em seu extremo sul.
 
Historicamente, os pecados, ou erros, de Sodoma, (Gn. 19), foram, basicamente, dois: perversão sexual e o delito de lesa-hospitalidade. Para Isaías (1,9 -10) foi o de injustiça social, enquanto que, para Jeremias (23,14), foi o de perversidade e, para Ezequiel (16, 49s), o de omissão: vivendo na fartura negava-se ajuda aos pobres. 
Finalizando: Sodoma deu nome à perversão sexual conhecida como sodomia, conjunção sexual anal entre um homem e uma mulher, ou entre homossexuais masculinos, sendo chamado de sodomita quem a pratica. Shalon!
 
 

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