Missa em ação de graças pelo aniversário natalício de Padre Odorico Raffin

 
 
Foi entre amigos, religiosas e com a presença do bispo Dom Irineu Roman que o Padre Odorico Raffin comemorou seu aniversário natalício de 92 anos completados no último dia 29 de março. Na segunda-feira, 3, uma celebração eucarística realizada na residência episcopal em intenção do aniversário e presidida pelo próprio aniversariante marcou a data. Em missão há mais de 30 anos na Amazônia, o sacerdote dedicou-se ao anúncio da Palavra e à construção de templos católicos.
 
Padre Odorico Raffin nasceu na Itália, em 29 de março de 1925 e foi ordenado sacerdote em 2 de julho de 1950. Em Belém, reside na residência episcopal e integra a Arquidiocese como não-incardinado com uso de ordem para exercer o ministério livremente a serviço da Arquidiocese. Seus trabalhos na Amazônia já somam 32 anos, sendo 25 deles atuando na Arquidiocese de Belém. Nesse sentido, o Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, registrou felicitações e gratidão a Deus pelo dom da vida do Padre Odorico. 
 
O sacerdote italiano recebeu os “parabéns” no dia 3 em meio à rotina de seu costumeiro trabalho em prol da melhoria da evangelização arquidiocesana, uma vez que dedica sua vida e missão a serviço da Igreja, com muita atenção a obras de infraestrutura, sendo responsável, inclusive, pela edificação de 19 igrejas aqui na Arquidiocese.
Na data de seu aniversário o padre recordou que o primeiro desafio ao chegar ao Brasil foi acostumar-se com o clima amazônico que alterna  calor e muita chuva, muito diferente da realidade na Itália: “Apesar do clima não ser do nosso, a gente se acostuma graças a Deus”, brincou.
 
Mesmo passados 32 anos desde a sua primeira visita, seu ardor missionário não arrefeceu.  Palavras suas, textuais: “Neste dia, aqui entre tantos amigos, eu agradeço a saúde que Deus me deu para me colocar nesta realidade e poder fazer o mínimo de qualquer coisa útil para nosso povo”.
 
Para Dom Irineu Roman, Bispo Auxiliar, o tempo é de dar graças e louvar a Deus pelo exemplo dado pelo sacerdote de 92 anos. O bispo convive com o presbítero na residência episcopal, convivência que ele considera enriquecedora: “A convivência com ele nos faz sentir bem porque a experiência e sabedoria dele nos ajudam muito. Como  aprendemos com eles! Padre Odorico é uma bênção para nós na residência episcopal e na Arquidiocese de Belém”.
 
Já para a Irmã Carmem Silva, da Congregação Irmãs Missionárias da Santíssima Trindade, a sabedoria é um dos vários dons dados por Deus ao Padre Odorico: "considero-o um exemplo de testemunho. Ele é sacerdote, engenheiro, arquiteto, pessoa de muita responsabilidade para construir templos. E estes são  muito importantes por congregar fiéis que neles se alimentam da Palavra de Deus e do Corpo e Sangue de Cristo. Ele é um exemplo, um testemunho, de vida e oração, celebra em qualquer hora, principalmente nas periferias. Tudo isso é um testemunho de vida e também de fé que fica para todos nós”. 

Vida dedicada à missionariedade

A primeira parte da vida sacerdotal de Padre Odorico deu-se na Itália, na Diocese de Concórdia-Podernone, inicialmente como vigário paroquial; depois,  trabalhos da cúria, professor no seminário menor e, em seguida, administrador diocesano. Participou na fundação da Paróquia de Maria Auxiliadora, uma igreja tipicamente turística na região de Piancavallo, na cidade de Aviano. Até novembro do ano passado, Padre Odorico era pároco, mas atualmente está aposentado. 
 
Em 1985, a convite do Padre Cláudio Pighin com quem tem relação muito próxima, Padre Raffin veio para o Brasil, permanecendo em Macapá até 1992, quando veio para Belém. Desde então seu maior ofício   na Arquidiocese tem sido a construção de igrejas, resultado de sua formação técnica em construção civil quando cursou o ensino médio.
Nesse trabalho de edificação, seus esforços vão desde a angariação de recursos até à entrega da obra coberta e com piso pronto, ficando  cada paróquia responsável pelos detalhes e pelo acabamento. Padre Cláudio recorda quando juntos trabalharam na edificação da Igreja Matriz da Paróquia de Santa Maria Goretti, no Bairro do Guamá. 
Para o Padre Pighin foi nesse segundo período da vida sacerdotal do Padre Odorico que ele pôde dar mais sentido a sua vocação como missionário: “Sempre o admirei muito por ter tido a coragem, com a sua não jovem idade, de partir e se doar para quem mais precisa. Não se preocupou como envelhecer, mas se preocupou como se doar mais. É um missionário entusiasta e por isso não tem limites para alcançar metas pastorais”.
 
Ele continua: “é de poucas palavras, mas de muito exemplo. Ele se preocupa muito em estar próximo das pessoas. Uma vez lhe disse: “Padre Odorico, por tudo o que você fez na Igreja, como não te homenagearam com algum titulo de monsenhor ou outro?”. E ele me respondeu: “o melhor titulo que me podem dar é que me chamem de ‘padre’”, resposta que resume toda a sua vida de sacerdote simples, humilde e obediente ao Senhor”.

 
 
 

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