Missa em sufrágio do fundador do Abrigo João de Deus

Na sexta-feira, dia 10, às 19h, ocorreu na Catedral de Belém, a Missa em sufrágio do fundador do Abrigo João de Deus, Padre Francisco Gugliotta. A celebração foi presidida pelo Cura da Sé, Padre Roberto Cavalli, com a presença dos representantes do abrigo e paroquianos de várias paróquias da Arquidiocese. O sacerdote faleceu, às 19h30 do dia 6 de fevereiro de 2016, aos 91 anos de idade, em Parma, Itália.  
 

Natural de Carbone, província de Potenza, Itália, Padre Francisco Gugliotta, ainda jovem, em 1938 entrou como missionário na congregação dos xaverianos. Fez a primeira profissão religiosa em 5 de novembro de 1944. Foi ordenado presbítero em Piacenza (Itália) em 26 de outubro de 1952. Após sua ordenação foi enviado aos Estados Unidos, onde trabalhou em Holliston e depois em Franklin.  De 1959 ao ano de 1966 trabalhou como missionário em Bangladesh. Novamente do ano de 1966 a 1970 nas cidades de Franklin e em Wayne, nos Estados Unidos. Em 1970 foi destinado ao norte do Brasil, como pároco da paróquia do Divino Espírito Santo, em Moju (PA), onde atuou até 1975. Em Belém, foi reitor da casa regional dos xaverianos, pároco da Igreja das Mercês e fundador do abrigo João de Deus, responsável por atender moradores de ruas de Belém. 

 

Abrigo 
 

Padre Francisco Gugliotta, foi um dos fundadores do Abrigo João de Deus, criado em maio de 1982, depois da vista do então Papa, João Paulo II a Belém, em 1980. A instituição filantrópica oferece comida, acolhida e tratamento aos moradores de rua da capital.  Tudo começou quando o sacerdote atuava na Igreja das Mercês, local onde grande concentração de pessoas em situação de rua buscavam abrigo e alimento na porta da Igreja. Segundo Graça Mendes, da diretoria do Abrigo, certo dia após de uma Missa, os padres tomavam o café da manhã quando um morador de rua entrou no refeitório e perguntou, “Padre, cadê o meu lugar?”. Padre Francisco levantou-se e o levou para tomar café ao lado da Igreja. Foi então que juntamente com paroquianos das Mercês ergueu uma casa para atender a essas pessoas, mais tarde transformando-o no Abrigo João de Deus. Atualmente com 32 anos de funcionamento e sem vínculo com órgãos governamentais, sustenta-se por meio de doações de alimentos, roupas, medicamentos e ajuda financeira. Hoje, abriga 30 pessoas em situação de rua e para manter suas atividades, precisa de doações.