Neste sábado, dia 28, o tradicional Arraial de Nazaré, montado no estacionamento da Basílica, abre ao público a partir das 16h, após a vistoria e liberação do Corpo de Bombeiros Militar, ocorrida na manhã e tarde da última sexta. Este ano o arraial vem maior, com 110 permissionários, distribuídos em 73 estandes com tamanhos diferenciados, vendendo os mais diversos itens, entre comidas, artesanatos, artigos religiosos, brinquedos, miriti, bijuterias, entre outros.
O Parque Ita está de volta ao arraial, repetindo uma tradição que já dura 33 anos, só que dessa vez com muito mais brinquedos e atrações inéditas, como uma roda gigante maior, uma montanha-russa com looping e o Turbo Drop, que consiste em uma torre com queda livre de 40 metros de altura, totalizando 19 brinquedos. O Mexicano, que fez sucesso em 2023, também estará de volta. O Ita é um parque de diversões itinerante que visita diferentes cidades do Brasil. O parque foi fundado em 1985 e é um dos maiores parques de diversões itinerantes do Brasil. Possui mais de 20 atrações, incluindo montanhas-russas, brinquedos radicais, brinquedos para crianças e adultos.
O parque vai funcionar de 16 às 22h30, de segunda a quinta, e de 16 às 23h, na sexta e sábado. Aos domingos de 16 às 22h. Nos domingos do Círio, da Romaria das Crianças e no Recírio, funciona de 8 às 22h. No encerramento, dia 27 de outubro, de 16 às 20h. e em véspera de feriados de 16 às 23h. O arraial permanece funcionando até 25 de novembro.
História
O Arraial de Nazaré é uma tradição que começou na primeira edição do Círio de Nazaré, em 1793. Na época, consistia em uma grande feira de produtos agrícolas. O Arraial começou a ser chamado desta forma em virtude da construção das casas em volta da ermida de Plácido após o achado da imagem, aproveitando-se do grande fluxo de peregrinos que passou a ocorrer desde então. As primeiras festas de Nazaré eram realizadas no mês de setembro, época do verão amazônico, quando a intensidade de chuvas diminui. Para a realização do primeiro Círio, o governador organizou uma grande feira de produtos agrícolas vindos de diversos municípios, até mesmo providenciando transporte de pessoas e mercadorias pelos rios de lugares distantes de Belém.
Segundo pesquisadores e historiadores, no início era realizado em frente à Basílica, onde hoje está situada a Praça Santuário de Nazaré, antes chamada de Conjunto Arquitetônico de Nazaré (CAN). No entanto, com o passar do tempo, mudou de lugar e se aprimorou. Passou a ser formado por uma série de brinquedos direcionados para o divertimento dos fiéis, bem como por várias barracas de venda de artesanato, comidas típicas e outros produtos industrializados.
No entanto, o funcionamento do arraial nazareno no século XIX não se resumia à mera exposição e venda de “produtos regionais”. Além das barracas fixas, a movimentação do público era acompanhada pelo comércio ambulante, por jogos, pelas danças coletivas negras, indígenas (lundum, chorado, cateretê, dança do bagre, mandu-sarará e bambiá) e europeias (dança das saloias e dança das camponesas), pelas apresentações musicais (normalmente apresentações de bandas) e teatrais.
Texto e fotos: Rosana Pinto – Ascom DFN