Neste sábado, 15 de março, a Arquidiocese de Belém, através da Escola Diaconal Santo Efrem, realizou o rito de admissão às ordens sacras de 99 candidatos ao diaconato permanente. A liturgia presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, contou com a presença de diversos diáconos, padres, lideranças pastorais e familiares dos candidatos ao diaconato. A celebração aconteceu na Paróquia São Pio X, no bairro de Águas Lindas, anexo ao Seminário São Pio X.
No início da celebração, o diretor pedagógico da Escola Diaconal Santo Efrem, padre Humberto Brito, acolheu o Arcebispo e externou a gratidão e alegria pela admissão dos futuros diáconos.
Em tom de despedida, o metropolita em sua homilia, destacou a sua felicidade e gratidão em presidir a liturgia da admissão. “Estou muito feliz e grato em celebrar com vocês e com suas famílias em comunhão com todo o presbitério reunido nesta noite, com o sentimento de despedida, porém não de tristeza, vivo esse momento, consciente que os próximos passos, serão acompanhados mais de perto pelo novo Arcebispo”, frisou Dom Alberto que ficará à frente do governo pastoral da Arquidiocese de Belém, até a definição da Santa Sé, com data ainda não definida, o que acontecerá só após a Santa Sé aceitar a sua renúncia por limite de idade de 75 anos, conforme o Código de Direito Canônico, CDC.
Após a homilia os diáconos e formadores da escola diaconal, Ricardo Cordeiro e Sílvio da Silveira, proferiram a chamada dos nomes dos candidatos que, por sua vez, respondiam diante do Bispo, “eis-me aqui, senhor”.
O rito às ordens sacras é uma fase que todo seminarista ou candidato ao diaconato e ao presbiterato vivencia, quando o aspirante recebe a Túnica branca sem bordado. A partir deste rito, de acordo com a orientação pastoral do pároco da paróquia que o candidato frequenta, ele poderá participar das Missas e celebrações do próprio altar. A prerrogativa de admitido às ordens sacras não permite ainda o aspirante realizar funções que são próprias do ministro ordenado, como arrumar o altar, proclamar a palavra, convite da paz, despedir o povo, batizar, proferir bênçãos, assistir matrimônio, funções próprias do diácono.
Para o candidato Eder Tuma, da paróquia Nossa Senhora da Graça, Catedral Metropolitana, “é um momento de muita alegria e profunda entrega a Deus para continuar a etapa da formação ao diaconato permanente,” descreveu o aspirante ao sacramento da ordem do diaconato.
A ministra da eucatistia, Fernanda, esposa do candidato Rony, da paróquia São Pio X, descreveu que “é uma celebração marcante na vida dos nossos esposos que pretendem abraçar esta bela vocação para servir a Igreja”.
Nos últimos 20 anos, a Arquidiocese de Belém iniciou um importante trabalho de valorização, retomada e dedicação à formação dos diáconos permanentes, este ciclo iniciou ainda no Episcopado do então Cardeal Arcebispo Dom OraniJoãoTempesta, quando esteve à frente do governo pastoral da Igreja de Belém; mas a maior ampliação no quantitativo das vocações, organização, assistência e elevação a um vicariato ocorreu no Episcopado de Dom Alberto, que há 15 anos governa a Igreja de Belém.
Hoje somam 295 diáconos ordenados com uso de ordem provisionados nas 103 paróquias, além de áreas missionáriase nas diversas dimensões como pastoral carcerária, Cáritas, Pastoral das Ilhas da Arquidiocese de Belém, sendo uma das arquidioceses do país com maior expressão da presença dos diáconos no Brasil.
A formação para o diaconato permanente na Igreja de Belém é composta por cinco anos, sendo um ano de propedêutico e 4 anos seguintes com módulos de Filosofia e Teologia, incluindo diversas disciplinas ligadas ao Magistério, Tradição e sagradas escrituras, além de estágio pastoral nas diversas dimensões da ação pastoral da arquidiocese.
Durante o período o aspirante ao diaconato, o candidato tem acompanhamento psicológico, orientação pastoral e espiritual do conselho de formação da escola, formado por 7 diáconos e dois sacerdotes, que se dividem nas diversas funções para acompanhar o processo formativo.
As duas novas turmas continuarão a sua formação, sempre intercaladas nos finais de semana, com estudos, orações e acompanhamentos espiritual e emocional. A escola diaconal funciona nas dependências físicas doCentro de Cultura e Formação Cristã (CCFC).
Por Diácono Vilson Reis / Diácono da Arquidiocese de Belém