Sermão das Sete Palavras em Belém

Meditação será conduzida por Cônego Plínio

“Um dia de reflexão, silêncio e orações.”

Na Sexta-feira Santa (18 de abril), a Arquidiocese de Belém mantém viva uma das tradições mais comoventes do calendário litúrgico: o Sermão das Sete Palavras, realizado às12h, na histórica Capela de Santo Antônio (Praça Dom Macedo Costa, Rua Frei Gil – Campina). A celebração será transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Comunicação (TV Nazaré, Rádio Nazaré e plataformas digitais), emissora oficial da Arquidiocese de Belém.

Cada edição do sermão é um pregador diferente escolhido pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e, este ano para a 146ª edição, a meditação será conduzida pelo Cônego Plínio Moraes Pacheco, Pároco da Paróquia Jesus Ressuscitado e mestre de cerimônias da Arquidiocese de Belém.

Que fará meditação das sete últimas palavras ditas por Jesus Cristo durante as três horas de agonia na cruz. A cada palavra meditada, os fiéis são convidados ao recolhimento, com acompanhamento musical do oratório “Le Sette Ultime Parole diNostroSignoresulla Croce”, do compositor italiano Giuseppe SaverioRaffaele Mercadante (1795–1870), pelo Coral Santa Cecília.

As sete palavras são:

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34)
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43)
“Mulher, eis o teu filho. Eis a tua mãe” (Jo 19, 26-27)
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15, 34)
“Tenho sede” (Jo 19, 28)
“Tudo está consumado” (Jo 19, 30)
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46)

Pregador do Sermão das Sete Palavras 2025

Cônego Plínio Moraes Pacheco, nascido em 17 de dezembro de 1981, foi ordenado sacerdote em 6 de julho de 2011. É Pároco da Paróquia Jesus Ressuscitado, mestre de cerimônias da Arquidiocese de Belém e membro do Cabido. Graduado em Filosofia, Teologia, Direito e Pedagogia.

Pregadores das últimas edições

2024 – Dom Paulo Andreolli
2023 – Padre João Paulo de Mendonça Dantas
2022 – Padre Glaudemir Simplício de Lima
2021 – Cônego Roberto Emilio Cavalli Júnior
2020 – Cônego Vladian Silva Alves
2019 – Padre Moisés do Socorro Lima de Matos
2018 – Dom Antônio de Assis Ribeiro
2017 – Padre Agostinho Filho de Sousa Cruz
2016 – Padre Carlos Augusto Azevedo
2015 – Dom Irineu Roman

Histórico e origem do Sermão das Sete Palavras em Belém

A tradição teve início em 10 de abril de 1879, organizada pelas Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti, também conhecidas como Irmãs Doroteias, na Capela do Colégio Santo Antônio. As primeiras edições eram realizadas com cânticos em italiano, entoados pelas religiosas, acompanhados de reflexões e ambientação litúrgica marcante.

Em 1881, chegaram da Itália as imagens sacras que hoje compõem o cenário da cerimônia: Nosso Senhor Crucificado, Nossa Senhora das Dores, São João Evangelista e Santa Maria Madalena, que seguem encantando os fiéis até hoje.

O Sermão das Sete Palavras, também chamado de “Sermão das Três Horas da Agonia”, é um dos momentos mais marcantes da espiritualidade quaresmal e é uma verdadeira herança da devoção cristã na cidade de Belém. Ano após ano, centenas de fiéis enchem a Capela de Santo Antônio, em silêncio reverente, para acompanhar esse momento único de fé e contemplação.

Coral Santa Cecília

Já na primeira edição da cerimônia das ‘Três Horas da Agonia’, fez-se entoar o Oratório intitulado “Le Sette Última Parole diNostraSignoreSulks’Croce” composto por Giuseppe Mercadante (1795-1870).

Inicialmente, as irmãs se juntaram às Órfãs residentes no orfanato, as senhoras que trabalhavam neste serviço, os integrantes da irmandade “Filhos de Maria” e outros cantores convidados.

Já nos anos de 1940 e 50 o coro era formado, na sua totalidade, pelas Filhas de Maria e Solistas convidados, nomes asses que tiveram grande influência no meio musical erudito no Estado do Pará.

A partir da década de 60, o Coral Santa Cecília, da Basílica de Nazaré, passou a ser responsável pela continuidade da tradição e devoção. O Coral Santa Cecília é formado atualmente por membros da comunidade leiga católica de Belém com Regente: Eduardo Nascimento.