Há 225 anos pode-se repetir esta frase: Mais gente no Círio. Todos os meios de comunicação noticiam surpreendentes testemunhos de fé.  Não posso omitir, o que já aconteceu o ano passado. Os senhores Bispos, humildemente puxando a berlinda, resguardados pelos guardas de Nossa Senhora e seguranças. Que lindo!
 
A primeira Romaria do Círio foi a pedido do governador. Numa carruagem, acompanhado pelas famílias nobres, por militares e banda de música abrindo a primeira feira de produtos agrícolas, começou grande e nunca parou de crescer.
 
Retornou a pequenina, misteriosa e milagrosa imagem da Mãe de Jesus, para a sua pobre choupana, com o respeito e a admiração da sociedade que, publicamente, testemunha sua fé no seu Filho Jesus. 
Acompanhando a evolução dos tempos, continuou crescendo no ritmo do crescimento da cidade.
 
Uma coisa está me incomodando. Chamo a atenção do Sr. Arcebispo, dos amigos Barnabitas e dos dedicados casais da Diretoria da Festa. Retirada a sonorização do percurso do Círio, foi perdida a unidade da romaria. Está parecendo um desfile de exibições artísticas. Fiquei muito triste vendo o prezado Pinduca cantando carimbó e o povo dançando no meio da rua. Só naquele pedaço entre o TCE e a Generalíssimo Deodoro, cinco grupos disputavam quem colocava seus autofalantes mais alto, confundindo a cabeça dos que tentavam carregar as estações e dos que lutavam bruscamente por um pedaço da corda! Não consegui conter as lágrimas. Aquilo não é o Círio de Nossa Senhora. Os diáconos que tentavam aspergir água benta eram levados aos empurrões!
 
Quando consegui alcançar o outro lado do arraial, no altar da praça uma senhora puxava o terço, o povo todo respondia e ia andando lentamente. Respirei aliviado!
Vamos diminuir exibições e colocar mais orações apropriadas no trajeto do Círio.
 
 

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