Com a saída de Dom Alano Pena para Prelado de Marabá em 10/11/1976, a Arquidiocese ficou só com Dom Tadeu auxiliando Dom Alberto Ramos, que solicitou ao Papa Paulo VI a indicação não de um bispo Auxiliar, mas um Arcebispo Coadjutor com direito a sucessão. Paulo VI faleceu em 1978, quando foi eleito João Paulo I, que faleceu repentinamente. Eleito João Paulo II, – que veio ao Brasil em 1980 – só em 1981 atendeu à solicitação de Dom Alberto. Escolheu um padre brasileiro (mineiro) que estava em Roma e era Conselheiro para a América Latina, da Congregação da Missão, à qual pertencia. Foi o padre Vicente Joaquim Zico. Ordenado Bispo pelo Santo Padre em 06/01/1981, tomou posse em Belém a 8 de março, como Arcebispo Coadjutor. “Foram 9 anos de convivência e treinamento junto a Dom Alberto”, como ele mesmo declarou.
Quero ressaltar um fato extraordinário e raro na Igreja. Um bispo que recebeu o título de Arcebispo Coadjutor sem ter exercido o cargo de Bispo. Para não causar confusão, lembro que a Igreja possui duas hierarquias: uma de poder Divino e outra de poder administrativo. Na hierarquia de poder divino o Bispado é a Plenitude do Sacerdócio. Só um Bispo pode Ordenar outro sacerdote. O bispo de qualquer Diocese do nosso interior é tão bispo como o da Diocese de Roma. Na hierarquia administrativa, pode começar como pároco, cônego, monsenhor, etc, até Cardeal ou Papa. Foi um acontecimento fora do habitual, mas muito bom para a história da nossa arquidiocese.
Quando sua renúncia foi aceita em 4/07/1990, Dom Alberto reuniu o Conselho Arquidiocesano dando posse como titular ao Coadjutor com direito a sucessão. Durante todo esse tempo, Dom Tadeu Prost permaneceu como Bispo Auxiliar. Continuarei.
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Panorama: Bispos Auxiliares de Belém – II
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