A liturgia deste domingo descreve a “Transfiguração” de Jesus, frente aos seus discípulos amados: Pedro, Tiago e João. O Mestre transfigurou-se e apareceu brilhante ao lado de Moisés e Elias, dando aos seus seguidores uma rápida visão gloriosa do paraíso celeste. Duas vezes é repetida a frase “Este é o meu filho muito amado, no qual pus todo meu agrado”: na leitura da 2ª Carta de São Pedro (1,17) e no Evangelho de Mateus (17, 5).
É difícil ocorrer a repetição da mesma frase na liturgia em uma Missa. Isto deve despertar-nos para o seu conteúdo. Jesus apresenta-se a esses discípulos como o filho de Deus, o Messias. Mas, rapidamente, tudo volta ao normal. O Senhor ordenou: levantem-se e “não contem a ninguém”. Ainda não era chegado o momento da revelação. Dá-nos a convicção de que o Senhor estava preparando-os para a grande realidade. O seu Reino não é deste mundo.
Isto deveria merecer de nós, cristãos, uma profunda meditação. Somos impelidos a nos preocupar com as coisas mundanas. Esquecidos de que estamos aqui de passagem e a verdadeira vida é eterna.
Fico triste quando vejo os pais mais preocupados em ensinar os filhos a ganhar dinheiro do que trabalhar com honestidade para salvar suas almas. Quando falo isto, ainda me chamam de desatualizado ou de beato.
Essa tendência de materialização das coisas, que eleva a vaidade e induz à ambição, sempre produziu as guerras e jamais nos levará à paz.
O respeito à dignidade alheia leva-nos ao amor verdadeiro. O bem-estar, para nós e o nosso próximo, começa na nossa família. A satisfação das nossas vaidades é o caminho aberto para o egoísmo.
O mundo vive em guerra usando até o nome de Deus. Para vivermos em Paz, bastaria prestarmos mais atenção à Palavra do Senhor, contrariando a nossa vaidade. Esta seria a nossa Transformação.
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Panorama: Transfiguração
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