Com informações agência Ecclesia. O Papa pediu que a Igreja seja uma comunidade aberta, “sem excluir ninguém”, para fazer dela um “lar acolhedor para todos.
“Estamos dispostos a abrir os braços a quem está ferido na vida, sem excluir ninguém da misericórdia de Deus, mas acolhendo a todos, cada um como um irmão, como uma irmã, como Deus acolhe todos?”, questionou, perante 20 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no domingo, 16, para a recitação da oração do ‘Regina Coeli’.
Francisco aludiu à celebração do II domingo da Páscoa, tempo em que a Igreja assinala a ressurreição de Cristo, destacando que “sem a comunidade, é difícil encontrar Jesus”.
“Nós, onde procuramos o Ressuscitado? Nalgum evento especial, nalguma manifestação religiosa espetacular ou marcante, unicamente nas nossas emoções e sensações? Ou na comunidade, na Igreja, aceitando o desafio de permanecer ali, mesmo que não seja perfeita?”, perguntou, desde a janela do apartamento pontifício.
Apesar de todas as suas limitações e quedas, que são as nossas próprias limitações e quedas, a nossa Mãe Igreja é o Corpo de Cristo e é ali, no Corpo de Cristo, que se encontram impressos, mais uma vez e para sempre, os sinais maiores do seu amor”.
A reflexão partiu do relato de duas aparições de Jesus aos discípulos, após a sua ressurreição, em particular, a Tomé, o “Apóstolo incrédulo”, no Evangelho segundo São João.
“Tomé, na realidade, não é o único que tem dificuldade de acreditar, pelo contrário, representa um pouco de todos nós. De facto, nem sempre é fácil acreditar, especialmente quando, como no seu caso, se sofreu uma grande deceção”, precisou.
O Papa assinalou que, para acreditar, Tomé pensava precisar de um “sinal extraordinário”, mas Jesus apresentou-se de “maneira ordinária, chegando diante de todos, na comunidade”.
“Como que para dizer-lhe: se me quiseres encontrar, não busques longe, fica na comunidade, com os outros; não vás embora, reza com eles, parte o pão com eles”, prosseguiu.