Pastoral apresenta atividades para o dicastério para os leigos, família e vida

 

Foto: Divulgação
 
O trabalho executado pela Pastoral Familiar no Brasil chamou a atenção do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Por isso, na última sexta-feira, 27, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniu por meio de videoconferência com os representantes da cúria romana para discutir e apresentar como tem sido executado o serviço em diversas partes do país e de diferentes formas.
 
Participaram do encontro o presidente da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, dom Ricardo Hoepers; os coordenadores nacionais, Luiz Zilfredo Stolf e Carmen Kathia Rodrigues Stolf; o bispo da diocese de Bacabal (MA), dom Armando Martín Gutierrez; e o secretário executivo da Comissão, padre Crispim Guimarães dos Santos.
 
Serviço à vida
 
A experiência brasileira foi compartilhada pelo grupo, principalmente em relação ao tratamento dado ao tema da vida, que está inserido na questão da família e que agora contará com uma proposta chamada “Serviço à vida”, que compreende a promoção, a defesa e o cuidado com a vida. O serviço terá a colaboração de casais de todos os regionais do Brasil.
 
“O casal é um cooperador do serviço à vida. E isso atravessa os três setores – Pré-Matrimonial, Pós-Matrimonial e de Casos Especiais”, ressaltou dom Ricardo Hoepers.
A ideia do serviço à vida parte da exortação apostólica Familiaris Consortio, do Papa João Paulo II. O documento propõe quatro deveres essenciais para fortalecer o sentido da família na vida cristã: a formação de uma comunidade de pessoas; o serviço à vida; a participação no desenvolvimento da sociedade; e a a participação na vida e na missão da Igreja.
 
Dom Ricardo Hoepers destacou que o serviço à vida não é uma nova estrutura, mas uma organização do trabalho de promoção, de defesa e de cuidado no serviço à vida dentro da Pastoral Familiar. “É muito importante essa perspectiva que é fundamental de unidade”, sustentou o bispo.
 
Nova identidade: Pastoral Familiar articula trabalho de serviço à vida
 
 
Acompanhamento e formação para as famílias
 
Padre Crispim Guimarães destacou que o oficial do Dicastério, padre Ignacio Martínez, e o secretário-geral, padre Alexandre Awi Mello, ficaram impressionados com a realização do acompanhamento dos noivos como é realizado pela pastoral.
 
Além disso, a Comissão também compartilhou o desejo de realizar formações que comecem desde o ventre materno, passando pela pastoral do batismo, fazendo com que as famílias não esperem a catequese paroquial. “Cada família pode e deve ser catequista dentro da sua própria casa”, disse o assessor. O objetivo é também apoiar os serviços de catequeses e com os jovens, sobretudo com os namorados. 
 
 
Três setores
 
Sobre o setor Pós-Matrimonial, foi relatada a importância de trabalhar com os novos casais – um material está sendo preparado para os primeiros anos de vida conjugal. Em relação aos casos especiais, também foi discutida a realização de capacitações para famílias conselheiras que atuem, a partir da escuta e do discernimento, em suas paróquias. Também foi apresentado o trabalho que vem sendo construído em relação às pessoas homoafetivas e o acolhimento às famílias. Os idosos e a realização do Simpósio Nacional das Famílias, sobre o tema da Educação, também foram debatidos.
 
Um relatório completo das ações será elaborado pela Comissão Episcopal e apresentado para o Dicastério nas próximas semanas. Durante o encontro, os representantes da Cúria também comunicaram que o Papa Francisco pretende comemorar os cinco anos da exportação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia, que trata sobre o amor na Família. A previsão é que a solenidade ocorra em junho de 2021, em Roma.
 
 
Sobre
 
A Pastoral Familiar é um serviço da Igreja, de apoio à família, a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus. Sua área mais específica trata dos relacionamentos fundados em valores evangélicos. Relacionamento da pessoa com Deus, consigo e com o próximo.
 
A Pastoral Familiar tem responsabilidade de ser uma pastoral orgânica, no conjunto de pastorais da Igreja – Corpo de Cristo. Abrange a família em todos os aspectos e todos os seus membros, em suas condições específicas. Também os movimentos e serviços familiares existentes nas dioceses ou nas paróquias devem fazer parte da pastoral familiar e servir de acordo com seus carismas específicos.
 

 
 

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