Estou fazendo uma pesquisa e, sinceramente, não tinha por onde começar. O ponto de partida era a Cidade Velha. Mas onde, que lugar, que rua, que casa, que número? Nenhuma informação a não ser o endereço de dona Oneide Bastos que, por sinal, me deram errado. Parei na Praça do Carmo e pedi a Nossa Senhora de Nazaré que me guiasse os passos. Era de noite e, nesta cidade insegura, bater em qualquer porta significa risco de assalto. Mas Nossa Senhora estava no comando e isso me bastava.
Na primeira casa dei muita sorte. A senhora, dona Graça, me recebeu com um sorriso. “Eu conheço o senhor! É da TV Liberal e escreve na Voz de Nazaré”. Falei do assunto que me levou até lá e ela me tomou pela mão até a casa de outra senhora, dona Maria Helena, duas quadras depois. Na porta, novo sorriso: “O senhor escreve na Voz de Nazaré…Entre por favor.” Momentos depois, as duas filhas da dona da casa, senhoras Anália e Conceição, chegam à sala e novamente a surpresa: “nós vemos o senhor na TV, lemos tudo o que senhor escreve na Voz”.
Fiquei encantado com a acolhida que recebi de tão simpáticas senhoras. Cheguei com as mãos vazias e saí repleto de esperanças. Até então, eu era um pesquisador solitário. Agora, começou a se formar uma rede de colaboradoras voluntárias, vivamente interessadas em me ajudar. Pessoas que vivem a fé católica, participam da vida da Cidade Velha como se fosse uma comunidade cristã primitiva, onde todos têm tudo em comum e repartem a vida com alegria. Os vizinhos se conhecem, se visitam e se querem bem. São amigos.
Eu, que nasci na Cidade Velha, mas cresci em Nazaré, não sabia que meu bairro de origem era assim. Muitas vezes ainda pretendo voltar, porque minha busca apenas começou. Mas além da simpatia e da acolhida das pessoas, fiquei feliz porque descobri que nosso Jornal é muito lido por ali.
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Privilégio de ser católico: A Cidade Velha no coração
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