Recebi, há alguns dias, via redes sociais, uma definição sobre o que é a vida e, apesar da aparente simplicidade da mensagem, julguei importante partilhar e comentar. O texto dizia que, se quiséssemos entender a vida, deveríamos pensar em cemitério, hospital e prisão. Confesso que jamais havia pensado nesses três espaços juntos, funcionando, didaticamente, como referência de felicidade. Apesar da aparente incoerência de propósito, são. Depois de visitar alguém em um hospital e sair de lá andando e com saúde, a pessoa deveria se ajoelhar e agradecer a Deus, porque deixa para trás centenas de criaturas acamadas e, muitas delas, sem nenhuma esperança. O mesmo vale para quem vai a um cemitério. Só o fato de, apesar da dor, continuar vivo, já é uma bênção. A bênção da vida. Da vida e suas muitas possibilidades, que só se encerram com a morte. A terceira lição vem do presídio. Encarcerado, o ser humano perde o que de mais precioso possui, que é a liberdade. Uma visita à cadeia pode ensinar muitas coisas, sobretudo o valor do convívio social.
Se isso parece filosofia de celular, melhor nem tentar caminhar para o outro lado – o do leito hospitalar com pouca ou nenhuma possibilidade de cura; o cemitério, como morada definitiva, e a prisão (especialmente o modelo brasileiro), como exemplo do que há de pior em termos de confinamento para uma improvável reeducação social.
A graça de Deus manifestada na saúde, na liberdade e na vida quase nunca é reconhecida como presente diário e lição permanente para uma existência feliz. É mais ou menos como o ar que respiramos. Recebemos gratuitamente e não nos damos conta de sua existência. Quando nos falta – e basta que nos falte um pouquinho, coisa de meio minuto, se tanto – é que vamos dar a necessária importância. E, às vezes, tarde demais.
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Privilégio de ser católico: Ensinamentos de cemitério, prisão e hospital
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