Privilégio de ser católico: Jesus nos chama pelo nome

 
Através do evangelista João, a Igreja nos faz refletir, neste quinto domingo da Quaresma, sobre a volta de Lázaro do mundo dos mortos. O corpo do amigo querido de Jesus já cheirava mal e as irmãs, Marta e Maria, estavam desoladas.  Como para Deus nada é impossível, ao simples pedido de Seu Filho, o falecido levantou-se e, ao ouvir a ordem do Mestre – “Lázaro, vem para fora” -, caminhou. Seus pés e mãos estavam atados por lençóis mortuários e um pano cobria-lhe o rosto. Uma nova ordem de Jesus deu sentido à nova vida daquele que era cadáver: “desatai-o e deixai-o caminhar”.
 
A partir de então, os Evangelhos silenciam sobre o destino de Lázaro. Com certeza, uniu-se ao grupo que estava ao lado do Redentor e deve ter tipo papel importantíssimo, embora anônimo, na difusão do Evangelho. 
 
Assim como Jesus chamou Lázaro pelo nome, também nós somos convocados, todos os dias, a caminhar com Ele. Ninguém duvide de que Jesus conheça o nome de todos nós, seu povo e rebanho. Sabe, sim, o nome completo, de toda nossa ancestralidade e de nossa descendência, ainda que nem tenhamos notícia de como ela será batizada. 
 
É privilégio saber que o Criador da vida nos conhece tão intimamente e, todos os dias, nos chama pelo nosso nomezinho, assim que precisamos acordar. Pode ser que sejamos despertados com a ajuda de alguém, de algum aparelho, ou do relógio biológico, mas o grande chamamento à vida é feito por Ele, que, da mesma forma como agiu em favor de Lázaro, nos manda caminhar, aproveitando tudo o que a vida, em seu nome, oferece. 
 
O chamado de Jesus é diário – para os que continuam vivos e para os que se vão deste mundo -, mas é preciso que estejamos atentos à sua voz, porque, do contrário, apenas acordaremos. E isso é muito pouco. Precisamos aproveitar a graça do despertar e caminhar na direção da voz – que é ensinamento – do Senhor.
 

 

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