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O Evangelho que a Igreja nos apresenta no próximo domingo e sobre o qual nos propõe uma reflexão fala da transfiguração de Jesus, cujo rosto brilhou como o sol e as roupas ficaram brancas como a luz, diante de Moisés e de Elias. Pedro, Thiago e João assistiram a esse momento maravilhoso e, como teria acontecido a qualquer um de nós, ficaram apavorados, principalmente porque escutaram a voz do próprio Deus, que apresentou Jesus como seu Filho amado e mandou que O escutassem.
A palavra de Jesus, após esses acontecimentos, em socorro àqueles pobres homens assustados (para dizer o mínimo), nos alcança a todo momento, quaisquer que sejam as nossas aflições: “não tenhais medo”. Ele disse tenhais – ou pelo menos a tradução usou essa forma – mas a intimidade com o Redentor pode nos fazer escutar assim: “´não tenhas´, ou então ´não tenha´ medo, meu filho.” E a outra promessa completa a frase: “porque eu estarei com você (ou contigo) até o fim dos tempos”.
O fim dos tempos – assim imagino, perdoem, se estiver enganado – não será determinado por algum governante maluco que detiver poder sobre um arsenal atômico e resolver explodir o planeta, assim como, um dia, Nero decidiu incendiar Roma. Jesus estará conosco até o fim do nosso tempo neste mundo e não quer que tenhamos medo pelo único fato de que nos criou para a vida plena (não para a vida mixuruca), para as alegrias verdadeiras (não para a pirotecnia), para a confiança na Verdade (não para o medo) e para a certeza de que Ele é a luz que devemos seguir.
O Cristo que se transfigurou diante dos apóstolos é o mesmo que se faz caminho para a humanidade e nos orienta a não temer as incertezas da vida, o amanhã cercado de incógnitas, as armadilhas do inimigo, as tentações açucaradas (ou apimentadas) da vida sem freios. O Cristo luz é, sobretudo, coragem.
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