Privilégio de ser católico: O cartaz do Círio 2017

 
Criar o cartaz do Círio, ano após ano, ao longo de muitos anos, mais do que um exercício de criatividade é um desafio que se renova (e se impõe) à Mendes Publicidade, a agência que, sem cobrar um centavo para a diretoria da Festa de Nazaré, assumiu para si a tarefa. Este ano, a equipe do publicitário Oswaldo Mendes superou-se em todos os sentidos e produziu, a meu ver, talvez o mais bonito, ou um dos três mais bonitos cartazes de todos os tempos.  
 
A ideia de colocar a imagem da Peregrina diante da bandeira do Pará, fazendo coincidir a altura da estrela azul com os rostos da Senhora e do Menino, em paralelo de onde se lê a frase tema do Círio: Maria, estrela da evangelização, guarda uma amplitude rara. A bandeira do Pará tremulando dá à peça um movimento extraordinário. Tenho a sensação de ver o Estado inteiro se agitando, diante da passagem de Nossa Senhora, no Círio. É isso que, de fato, acontece.
 
Nossa Senhora de Nazaré é a estrela que guia nossa terra e nossa gente, assim como guiou Jesus em sua jornada por este mundo e orienta seu rebanho há dois mil anos. A grande estrela da evangelização é Ela. E o Pará, que traz sua estrela acima da faixa “Ordem e Progresso” da bandeira do Brasil – a única em destaque – tem a graça de estar consagrado à Virgem Maria de Nazaré. Como se vê, os símbolos se fundem e se confundem numa composição aparentemente simples, mas cujo resultado não poderia ser mais rico de ideias e de possibilidade de leituras.
 
A grandeza de Maria reside na simplicidade de sua vida e na singeleza de seus gestos.  O cartaz do Círio de 2017 segue esses passos e se agiganta esteticamente, abrindo-se a uma gigantesca possibilidade de ver o que não se vê e de dizer o que não se diz. Na verdade, tudo está ali, diante de nossos olhos.  Esse cartaz – assim o vejo – é uma obra de arte.
 

 

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