Privilégio de ser católico: Olhares sobre o Círio (II)

O primeiro dos grandes acertos do Círio de 2017 foi a escolha do cartaz. Criado pela Mendes Publicidade, o cartaz deste ano se coloca entre os mais bonitos de todos os tempos.  Unindo simplicidade e beleza, a equipe de Oswaldo Mendes (pai e filho), conseguiu dizer muita coisa com apenas uma Bandeira, – a nossa Bandeira – tremulando ao fundo e sobre a qual foi aplicada a imagem da Peregrina. A leitura permitiu ver o Pará inteiro, sua terra e sua gente, seguindo Nossa Senhora, estrela da evangelização. A ideia de a estrela do Pará estar próxima da estrela da Evangelização fundiu propósitos num alto grau de beleza e de percepção. Vai ser difícil conseguir, em 2018, um resultado tão extraordinário. Mas todos os anos a Mendes enfrenta esse desafio. E o supera. 
 
Depois do cartaz, veio o manto, uma preciosidade de desenho e de concepção. Aline Folha e Marilza Ramos, que fizeram o manto de 2016, também se superaram. Na descrição da peça, escreveram uma peça evangélica baseada na beleza. Marianamente, digamos assim, o manto de 2017 foi uma aula de estética e de sabedoria. Cada detalhe guardou um significado  específico, que merece ser contemplado como obra de arte evangelizadora. 
 
O sistema de som, uma conquista de há anos, tem sido atrapalhado pelas grandes homenagens a Nossa Senhora. Em alguns momentos, quem vai na romaria fica confuso com tanto barulho. Promovem-se  “shows” em cada esquina, corais e cantores. Como cada um quer fazer mais bonito, toma-lhe cantoria!  Talvez uma integração entre a sonorização e as homenagens pudesse permitir que o trajeto inteiro escutasse o que poucos conseguem.  Minha proposta seria nenhuma “conversa”, mais música e muita oração. O romeiro quer rezar, mas com tanto barulho fica impossível. Em suma: música integrada, o terço e alguma orientação muito necessária.  A qualidade técnica do som, faço ressalva, estava muito boa.
 

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