Privilégio de ser católico: Tempo de pensar no chamado

 
A Igreja consagrou agosto como o mês das vocações. O domingo passado foi dedicado às vocações sacerdotais e nele celebrou-se o dia do Padre. No próximo, destaca-se a vocação do homem para a família e comemora-se o dia dos Pais. O terceiro domingo lembrará a vocação religiosa – de homens e mulheres – e também o dia da Vida Religiosa. Finalizando o mês, haverá comemoração das vocações leigas e do dia dos Ministérios Leigos.
 
A palavra vocação tem origem no verbo latino “vocare”, que significa chamar. O vocacionado é aquele que é chamado para algum tipo de atividade. Todos possuem um chamado, uma vocação. E não se pode achar que vocação tem a ver apenas com vida religiosa. Vocação é um chamado geral, uma espécie de farol. Ou um ímã, que atrai as pessoas para o caminho da felicidade. Quem foge dela, carregará para sempre uma pesada cruz, pelo resto de sua vida.
 
Ao longo de quase 40 anos de magistério, tenho visto grandes vocações passarem diante de meus olhos. Mas, lamentavelmente, vi, igualmente, talentos se perderem, vocações serem estraçalhadas, apenas por questões financeiras ou desejos familiares.  Não foram poucos os depoimentos ouvidos de alunos entristecidos, que me contavam que sua vontade era ir por um caminho, mas, para não contrariar o pai ou a mãe, seguiriam a carreira por eles idealizada.
 
Quase sempre minhas tentativas de mudar essa “decisão”, na verdade, imposição, foram inúteis. Se vi jovens frustrando-se desde cedo, assisti, feliz, ao desabrochar de verdadeiras vocações, muitas vezes contrárias aos interesses da família, mas por elas incentivadas. 
 
Vocação tem a ver com sonho, que tem a ver liberdade, que tem a ver com esperança, que, enfim, tem tudo a ver com felicidade. Quem não faz o que seu coração manda e fica surdo à verdadeira vocação, vai viver o tempo todo nos domínios da frustração.
 

 
 

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