Procissão do Encontro na Sexta-feira da Paixão do Senhor

 
Durante a Semana Santa vários aspectos marcam este momento de confirmação da fé cristã, cada um com um significado particular que relembra a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo Salvador. Na Sexta-feira Santa, dia 14, a manhã é marcada pela “Procissão do Encontro, realizado dois cortejos simultâneos com as imagens de Nosso Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores. 
 
Dentro da Semana Santa a Procissão do Encontro tem um sentido muito grande para os cristãos por ser uma celebração litúrgica de piedade, marcada pelo encontro da Virgem Maria com Seu Filho Divino, carregando a cruz no caminho do calvário, pelas ruas de Jerusalém, depois de ser flagelado, coroado de espinhos e condenado à morte por Pilatos.

Na ocasião medita-se o doloroso encontro e há uma profunda reflexão sobre as dores da Mãe de Jesus, desde o Seu nascimento até a Sua morte na cruz. A procissão acontece nas dioceses e arquidioceses do país, podendo ser realizada na Quarta-feira Santa ou no Domingo de Ramos.
 
O traslado dá-se da seguinte forma, de uma igreja ou local determinado, os homens saem com a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto que as mulheres de outro ponto seguem com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Em um determinado lugar, as duas imagens encontram-se marcando a reunião entre Mãe e Filho.
 
Da Basílica Santuário
 
Em Belém, pela manhã da Sexta-feira Santa, dia 14, a secular procissão levou às ruas da capital as duas imagens, acompanhadas de uma multidão de fiéis. Da Basílica Santuário de Nazaré, parte central da cidade, sairá, às 7h, a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto que, da Igreja de São João Batista, Bairro da Cidade Velha, será o início do cortejo com a imagem de Nossa Senhora das Dores. As duas seguem até a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, centro comercial.
 
Na procissão com a presença das mulheres, são refletidas as sete dores de Maria que tem seu sentido mais pleno no mistério pascal, na obra da salvação do mundo. As sete dores são: a profecia de Simeão sobre Jesus; a fuga da Sagrada Família para o Egito; o desaparecimento do Menino Jesus durante três dias; o encontro entre Maria e Jesus no caminho do Calvário; Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz; Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz e Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro.
 
Com a imagem de Senhor dos Passos, os homens refletem as sete palavras de Cristo na Cruz: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”; “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”; “Mulher, eis aí o teu filho. Filho eis aí a tua Mãe!”; “Tenho Sede!”; “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”; “Tudo está consumado!” e “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”. Nesta, um sacerdote barnabita é quem acompanha a procissão. 
As duas procissões encontram-se na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, no centro comercial de Belém, para o Sermão do Encontro proferido pelo Padre Maurício Henrique e ao finalizar, as duas imagens seguem para a Catedral.

Sermão do Encontro

O Sermão com a presença das imagens de Nossa Senhora das Dores e Senhor dos Passos é uma oportunidade dentro da Semana Santa de refletir sobre o papel da Virgem Santíssima na obra da Redenção. Segundo Padre Maurício, “O Sermão do Encontro nos introduz na “Escola de Maria” para que possamos viver intensamente este Mistério Salvífico”. 
 
Ainda de acordo com ele, por meio da escuta atenta do “Sermão do Encontro” pode-se viver tudo com o coração de Nossa Senhora que se fez totalmente dócil à vontade divina e acompanhou seu Filho primogênito até o fim. “Maria Santíssima é para nós, Mãe e Mestra, auxiliando-nos em nossa peregrinação de fé para que sejamos uma só coisa com o Cristo Crucificado-Ressuscitado”, disse.
 
De acordo com o presbítero a preparação para o Sermão o possibilitou um mergulho no Mistério de Deus que se manifestou em Seu Filho Único dado para a salvação da humanidade: “Preparar este sermão é fazer a experiência de dialogar com Deus, mantendo-me, primeiramente, em silêncio, para, escutar e guardar profundamente a comunicação de seu amor por cada um de nós e, depois, responder a este amor divino pedindo o auxílio da Virgem que lhe foi fiel”.

 
 
 

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