A Comissão Pastoral da Terra lança vídeos

CPT lança vídeos com a mobilização das comunidades em defesa da água

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) em comemoração ao Dia Mundial da Água, lançou dois materiais audiovisuais que mostram a mobilização das comunidades em defesa da água para sua sobrevivência, na Amazônia e no Cerrado. O vídeo “Créditos de carbono: a resistência das comunidades”, foi produzido a partir de um intercâmbio na comunidade Santo Ezequiel Moreno, localizada no município de Portel, no arquipélago do Marajó (PA).

 Essas comunidades assediadas e impactadas por projetos de crédito de carbono, também chamados de ‘Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal – REDD+’, vivem principalmente de atividades como o extrativismo do açaí, árvores frutíferas e da agricultura familiar de subsistência, a comunidade se fortalece com o cooperativismo e o fundo solidário, que trazem soluções para os seus desafios com base nos conhecimentos da própria comunidade desde os seus ancestrais.

Com a chegada de representantes de empresas multinacionais, prometendo altas remunerações para o cuidado com a natureza, trouxe muitas reflexões e incertezas em toda a região do Marajó, levando diversas comunidades do entorno a assinarem contratos de 30 a 40 anos, comprometendo as futuras gerações.

As entrevistas do vídeo são fruto de momentos de intercâmbio e escuta principalmente com as mulheres da comunidade. Também estão presentes as falas de membros da coordenação da associação, moradores e agentes da CPT que acompanham a comunidade.

Para Maria Onete Alves Mendes, secretária da Associação de Moradores, há preocupação de todos os moradores com relação as empresas de carbono. “Agora nós vamos para a luta, a terra é de quem trabalha. Para nós o carbono é uma coisa que a gente não entende muito bem, como é como funciona, quem vai ser beneficiado, qual o interesse. É uma coisa que as empresas vem elas vêm com interesse muito grande. A gente vê o esforço deles para querer, só que nós somos os moradores das comunidades do assentamento, o que é que vai ficar realmente de benefício para nós. Imagina um guardião da floresta que possa impedir alguém de fazer uma roça e esse é um problema dos mercado de carbono eles entendem a roça como um adversário inimigo a ser superado. A empresa de carbono que recebe dinheiro da Shell uma das maiores poluidores do planeta é a que quer impedir com que aquele trabalhador ou trabalhadora rural faça uma roça em uma área de 50 por 50 metros”, contou em um dos depoimento do vídeo lançado pela CPT. 

Acesse os vídeos, curta, compartilhe e lute junto com as comunidades nesta causa! 

Fonte: Regional Norte 2 / Por VívianMarler / Com informações CPT

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