Pastorais Sociais, organismos e movimentos sociais se reuniram na tarde desta quinta-feira (26/06), na sede do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em Belém (PA), em um encontro de preparação e construção para o ‘31º Grito dos Excluídos/as 2025’ e para celebrar os 50 anos da Comissão Pastoral da Terra – CPT.
Com cerca de 40 participantes, foram partilhadas informações sobre o ‘Encontro Nacional de Articuladores do Grito dos Excluídos’, que ocorreu em São Paulo entre os dias 30 de maio e 1º de junho. Este encontro reuniu representantes de todas as regiões do Brasil para iniciar as mobilizações para a ‘31ª edição do Grito dos Excluídos’, que acontecerá em 7 de setembro. O encontro na capital paulista também celebrou os 30 anos do Grito dos Excluídos, com o tema “Vida em primeiro lugar”.
Na reunião de ontem, os participantes apresentaram elementos conjunturais a partir dos questionamentos ‘Por que queremos gritar?’ e ‘Como podemos alimentar a esperança?’. Esse processo de escuta irá favorecer a construção de pautas necessárias no desenvolvimento do evento, que será realizado em outros territórios e que acontecerá, em setembro, no estado do Pará, com a participação das pastorais sociais, movimentos e outras organizações sociais.
Para Francisco Alan Santos, membro da coordenação colegiada da CPT do Regional Norte 2, o encontro de ontem foi importante para preparar o ‘31º Grito dos Excluídos’, pois essa ação é construída e realizada a partir da escuta e com as pessoas que sofrem injustiças sociais. Em sinodalidade com a Campanha da Fraternidade deste ano – CF2025, o grito irá refletir sobre o cuidado com a nossa casa comum e a luta pela democracia. “O cuidado com a casa comum é também ter cuidado com os que mais são excluídos. Todas as vidas importam”, disse Francisco Alan.
Durante a tarde, também foi realizado um momento celebrativo pela ‘presença solidária’ dos 50 anos da CPT no regional. Foram feitas partilhas de memórias marcantes e, durante a celebração, algumas pessoas históricas foram homenageadas.
“Celebrar 50 anos de CPT é assumir o chamado de Deus. A CPT só existe por causa dos trabalhadores e trabalhadoras. É um serviço educativo e transformador que sempre estará junto aos povos da terra, das águas e florestas. Neste ano jubilar, a CPT viu e vê surgir muitos sinais de esperança, que se fazem presentes nos territórios e comunidades. São homens e mulheres, jovens, crianças, pessoas idosas que na terra produzem, celebram suas colheitas, plantam suas roças, se mobilizam, se articulam entre comunidades e festejam as conquistas. Esses diversos sinais são resultados do protagonismo desses diversos sujeitos. Isso é resistência!”, finalizou Francisco Alan.
Fonte: Por Vívian Marler – Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB