
A diocese de Roraima, que está comemorando 300 anos de Evangelização e junto com toda a Igreja celebra o Jubileu da Esperança, convocou através do seu bispo, dom Evaristo Spengler, para a Peregrinação do Ano Santo e Jubileu dos Povos Indígenas, com o tema “Somos peregrinos e peregrinas da esperança”, que será realizado nos dias 25 e 26 de abril de 2025, no Surumu.

Jubileu em um lugar símbolo de resistência
Uma convocação dirigida a toda a comunidade eclesial, povos indígenas, para participar de um momento que será realizado em “um local emblemático, símbolo da história de resistência e da Aliança da Igreja com os povos indígenas.” Segundo a carta de convocatória, “agora ele será o cenário de um encontro sagrado, onde celebraremos a fé, a cultura e o compromisso com a justiça e a ecologia integral.”
Segundo o bispo, “inspirados pelo lema ‘A esperança não decepciona’ (Rm 5,5), reafirmaremos nosso caminho sinodal, ouvindo o clamor da Amazônia e renovando nossa missão em defesa da vida e da dignidade humana.”
A programação contempla um dia de memória, compromisso, testemunhos dos povos indígenas e celebrações culturais, a ser realizado dia 25. Já no dia 26, acontecerá a peregrinação seguida da Santa Missa solene, com a Ordenação Diaconal do seminarista Djavan André da Silva e envio missionário.

Celebrar a resistência e a esperança dos povos indígenas
O bispo diocesano de Roraima faz um chamado a participar, para assim, “fazer memória da caminhada histórica da Igreja com os povos indígenas, desde os Missionários Carmelitas, Franciscanos, Diocesanos, Beneditinos e Missionários da Consolata, até os dias atuais.” Junto com isso, será um momento para “celebrar a resistência e a esperança dos povos indígenas, especialmente em meio aos desafios do Marco Temporal e do garimpo ilegal, com suas ameaças e consequências socioambientais.” Finalmente, será oportunidade para “reafirmar nosso compromisso com a sinodalidade, a ecologia integral e a defesa dos direitos humanos, respondendo aos apelos da Laudato Si’ e do Sínodo para a Amazônia.”
O Jubileu dos Povos Indígenas de Roraima quer ser um chamado à ação, em que a diocese convida “a todos a se unirem em oração e a participarem desta jornada de fé.” Para isso, dom Evaristo Spengler pede “que Maria, Mãe da Amazônia, sob o título da Virgem do Carmo, interceda por nós, e que o Espírito Santo nos guie neste momento de graça, fortalecendo nossa missão de ser Igreja viva, samaritana e profética na construção do Reino.”
Fonte: Regional Norte 1 / Por Luis Miguel Modino