Sal e Luz: Viva a nossa bela união


 
 
Chegamos ao mês de setembro e em nossa comunidade paroquial de Jesus Ressuscitado é o mês de mais um Encontro de Casais com Cristo, este belo serviço-escola da Igreja Católica, aprovado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que tem, dentre seus objetivos, a valorização do Sacramento do Matrimônio, da Vida e da Família, a convivência fraterna e a espiritualidade, tônica dessa atividade. Matrimônio,  percebido como sacramento de serviço, base da família, projeto de Deus, educadora na fé, que está presente como Corpo Místico do Senhor na liturgia da vida, família, “celeiro de vocações”, engajada nos serviços pastorais, nas forças vivas a serviço do anúncio da Boa Nova, da Caridade, da Esperança no Senhor, dócil ao Espirito Santo, Comunidade de Vida e de Amor, formadora de pessoas. Como é bela a nossa união! Como vivemos com alegria neste serviço de acolhimento a tantos casais que ao longo de 47 anos já somam milhões de vidas chamadas por meio desta atividade simples e bonita que tem sua formatação e carisma cristocêntrico, mariano, e por isso agregador! Viva o ECC!
 
Desde 1996 quando eu e Rose tivemos a graça de viver esta experiência já se foram mais de duas décadas de caminhada nos Conselhos e nos eventos e Congressos que Deus nos oportunizou participar e aprender um pouco mais ao longo deste tempo, conhecendo maravilhosos religiosos e religiosas e casais daqui, de outros municípios e estados da federação, de outras realidades mas com o mesmo amor acolhedor que caracteriza quem viveu verdadeiramente esta experiência fecunda, gente que cruzou nosso caminho e que nos ensinou tanto deste serviço que a cada encontro nos conduz ao sorriso aos que chegam ainda meio desconfiados nos primeiros momentos, querendo saber ao certo o que é este serviço, quais as suas surpresas guardadas com carinho e cuidadas para serem vivenciadas nos três dias de sua efetivação, não podendo ser gravadas em imagens de fotografia, posto que o único registro autorizado é mesmo no coração de quem viveu esta graça em sua vida e como tudo o que é bom não se pode agarrar com as mãos ou guardar para si mas sim, e à vontade, compartilhar, transbordar para tantos outros que também podem realizar este encontro com Jesus Eucarístico, presença real durante todos estes finais de semana em que nós nos emocionamos, nos empenhamos, nos encontramos, fazemos o sacrifício e a renúncia das coisas do trabalho, da convivência com os amigos, familiares, desapegamo-nos dos momentos de lazer, para trabalhar em prol da esperança e da fé, materializada nas lágrimas que são a marca de cada final de encontro. É mesmo bela a nossa união. Louvado seja Deus por tudo isto.
 
Vivemos esta expectativa todos os anos como espera ativa. Afinal, muitos trabalhos estão em andamento há meses e o coração vai ficando aquecido à medida que o final de semana do encontro se aproxima. Já imaginamos os rostos dos casais, suas expressões ainda inseguras no início mas à medida que o tempo passa e as atividades vão se desenvolvendo, vão se transformando em risos, lágrimas, abraços ao cônjuge, saudade dos que amam e que uma fala, um gesto, uma música, um trecho das Sagradas Escrituras fazem lembrar. Não, o ECC não se descreve mesmo, vive-se apenas. E da alma brota a gratidão ao Senhor pelo presente que Ele colocou em nossas vidas, a pessoa amada com quem que selamos, em nome d’Ele,  a aliança no altar matrimonial. É mesmo bela esta nossa união no milagre da Família Católica como bem definiu o Monsenhor José Antonio de Lima em seu “Tributo ao Padre Alfonso Pastore”, fundador do ECC em 1970 e que se fez realidade pouco tempo depois em nossa cidade mariana, terra de Nazaré, fecunda paisagem onde o amor nasce de tantas formas como no caso do ECC, semente plantada e cuidada com a força do Espírito Santo e que já rendeu e certamente ainda renderá milhões de frutos, cultivo abençoado pelo então Papa Bento XVI, que conheceu este tesouro brasileiro presenteado à família.
 
Pedimos muito ao Senhor as bênçãos para mais uma semeadura que se avizinha, com nossa modesta gotinha de servos inúteis que somos, somamos à contribuição e às preces de tantos casais de todo o Brasil para que mais e mais casais e famílias conheçam esta alegria, vivida na simplicidade, pobreza, doação e oração de homens e mulheres que compreenderam o sentido de viver seu matrimônio na lógica do serviço aos irmãos e no amor incondicional ao Senhor, sob as bênçãos da Virgem, na força do Espírito. Viva e sempre viva a nossa bela união! Que assim seja!

 

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