Santa Missa de instalação da Área Missionária da Santíssima Trindade

Foto: Luiz Estumano.
 
Alameda Amor Perfeito, número 37, conjunto Girassol, bairro de Águas Brancas, em Ananindeua. Esta é a localização da sede da nova área missionária da Santíssima Trindade, instalada durante Santa Missa no último dia 19, quinta-feira, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, concelebrada por Dom Dadeus Grings, Arcebispo Emérito de Porto Alegre, Dom Antônio de Assis Ribeiro, um dos bispos auxiliares de Belém, padres redentoristas, responsáveis pela nova área, além de parte do clero da Região Menino Deus, à qual pertence a nova área.

A sede da nova área, ainda em construção, ficou pequena para os fiéis que chegavam a todo o momento para a celebração de instalação. Chegar até essa parcela do povo de Deus que contabiliza, segundo os missionários redentoristas, cerca de 40 mil pessoas divididas nos 15 conjuntos habitacionais lá existentes, será a grande missão.

Aliás, missão, nas palavras de Dom Alberto, é o fio condutor da perspectiva do Plano Pastoral da Arquidiocese que orienta a criação de paróquias e áreas missionárias em prol da evangelização: “a missão quer dizer que devemos chegar a todos os recantos. Jesus deu uma tarefa para a Igreja: levar a Boa Nova até os confins da Terra. Os confins para nós daqui são os limites da nossa arquidiocese. E nós devemos abrir os braços da nossa arquidiocese para que alcancem a todas as pessoas e elas possam conhecer o nome de Jesus.”

A Área Santíssima Trindade terá nos próximos anos a orientação dos missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, os Redentoristas, que já tiveram um trabalho desenvolvido no Tapanã que frutificou, entre outras, na Paróquia de São Vicente de Paulo. Padre Benjamin Menegolla, auxiliado pelo Padre Antonio Zanini, cuidará do trabalho evangelizador que, segundo ele, terá como objetivo a formação de comunidades eclesiais missionárias.

Padre Benjamin afirma que o trabalho se voltará para que os fiéis sejam responsáveis pela evangelização dos seus e que, numa saída dos missionários, sejam capazes de manter esse trabalho evangelizador: “Temos aquela ilusão de que o missionário chega para resolver tudo, não. Temos que criar a mentalidade de que o povo é Igreja e que evangelizará as outras pessoas”.

Ele prossegue: “A evangelização sempre é um desafio porque você tem que chegar até a pessoa, tem que haver confiança para que ela sinta a presença de Deus nas pessoas que vão fazer a missão. E a evangelização basicamente é humanização, Cristo veio para humanizar, criar um ambiente de fraternidade, de amor e de alegria. Será fundamental numa ação de evangelização estar próximo do povo. Faremos um esforço para estar com eles, ao lado deles, e, como missionário, dar a orientação”.

O rito de instalação iniciou-se com a leitura do decreto de criação da nova área missionária que consta dos seus limites, comunidades que a compõem, e do decreto de provisão do Padre Benjamin como administrador. Após isso, a celebração eucarística seguiu seu rito.

Sentimento de pertença

Há 18 anos iniciava-se uma mobilização no conjunto Girassol que resultou na criação da área missionária. No começo sutil, com casa cedida por alguém da comunidade, realizavam-se novenas e celebrações eucarísticas. O começo difícil foi ano após ano ganhando corpo e mais adeptos até ser estabelecido em uma sede, de madeira. Depois, sendo incluída como comunidade da Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora, chegou à edificação em alvenaria.

Dessa forma recorda a líder comunitária Sueli Regina e vê na chegada dos missionários redentoristas um futuro esplendoroso para todas as nove comunidades: “esperamos corresponder a toda essa expectativa para que sejamos uma Igreja em saída como o Papa Francisco nos pede. Com o anúncio da nova área sentimos um ardor, essa vontade nas pessoas, esse bem-estar do coração de cada um, esse sentimento de pertença que se fortaleceu, graças a Deus. Todos estão muito contentes com a nova área e a gente percebe que a aceitação foi muito grande com a chegada dos missionários”.  

Um dos organizadores da área junto com os sacerdotes redentoristas, Dom Antônio espera um grande amadurecimento dos setores e das forças vivas da área missionária: “Nós queremos que as comunidades, cada vez mais, amadureçam em termos de visão comunitária, sentimento de pertença, organização interna e, assim, se expanda cada vez mais a presença da Igreja neste território. Temos diversas áreas que precisam de novas comunidades e creio que iremos caminhar nessa direção porque a comunidade é muito viva, empreendedora e está com impulso muito bom”.

 

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