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Olá, meu irmão e mina irmã. Dias atrás tive uma reunião com Pe. Moisés (pároco de Santa Maria Goretti). Ele havia me visitado e na ocasião pediu que eu fosse até a casa paroquial. Agendei a visita. No dia e hora marcados me fiz presente. Em torno de um bom lanche, conversamos. Recordei de Moisés, ainda menino, como coroinha na Catedral. Nesse período, a pedido do padre José Gonçalo Vieira, realizei vários encontros de formação para o grupo. Depois recordamos quando fui professor do Moisés seminarista, no então IRFP (Instituto Regional para Formação Presbiteral).
Depois dessas recordações Pe. Moisés falou sobre seus projetos para a paróquia. Pediu que eu ajudasse na formação dos catequistas, dos coroinhas (“Servidores do altar”), também contou de sua intenção em motivar e articular uma Escola da Fé que abrangesse toda a paróquia. E me convidou para colaborar. Respondi que faria o que estivesse ao meu alcance. E, desse modo, para minha alegria, acertamos algumas diretrizes que, se Deus quiser, serão frutuosas. Foi nesse contesto que padre Moisés, de modo animado, falou sobre a festividade da paróquia. Daí surgiu a ideia de escrever algo sobre Maria Goretti destacando sua pureza e empenho pela santidade.
Começo com breves dados biográficos. Maria era filha de Assunta e Luís Goretti. A família era numerosa: seis filhos (quatro meninos e duas meninas), eram agricultores que se estabeleceram na região conhecida Ferriere di Conca. Era um local pantanoso, o que favorecia a proliferação de mosquitos. Luís foi picado, contraiu malária e faleceu. Dona Assunta se viu só com os filhos. Maria era a segunda e estava com 10 anos. Dona Assunta se viu forçada aos trabalhos da lavoura, afinal precisava sustentar a prole. Maria assumiu os trabalhos de casa.
Mas apesar da responsabilidade grande para uma menina, ela frequentava a catequese com gosto. Desde os nove anos rezava o Terço diariamente. Com 11 anos, Maria, fez a primeira eucaristia. Os biógrafos contam que o impacto de receber Jesus eucarístico foi tão significativo que Maria assumiu o compromisso pessoal de buscar sempre se afastar de situações de pecado.
Na casa em que a família Goretti residia havia dois cômodos nos fundos, que estavam ocupados pelo Senhor João Serenelli e seu filho Alexandre (20 anos). Alexandre foi demonstrando um crescente interesse por Maria.
Certo dia Maria estava sozinha em casa, e Alexandre pediu um favor à menina: que costurasse uma camisa. Ela, de bom grado, foi atendê-lo. Mas, na verdade isso era um pretexto para a realização de intenções, nada nobres. Enquanto ela consertava a camisa, Alexandre a agarrou colocando em risco sua virgindade. Ela reagiu, gritou: “Deus não quer, é pecado!”. Ele, tomado de fúria, desferiu 14 facadas na menina.
Dona Assunta, procurou dar assistência à filha levando-a aos médicos mais próximos. Porém, os ferimentos eram graves e Maria não resistiu. Antes de falecer, no entanto, a menina recebeu Jesus Eucaristia, manifestou o perdão ao agressor e o desejo de que, ele ganhasse o Céu.
Alexandre foi condenado há 30 anos, cumpriu 27 por bom comportamento. Arrependido e convertido pediu perdão à dona Assunta. Ela o perdoou e ambos participaram da Missa de Natal.
Em 24 de Junho de 1950, o Papa Pio XII canonizou Maria Gorettti. Presentes estavam a mãe e os irmãos de Maria. No próximo “Servindo à Verdade” falamos sobre a virgindade e a santidade.
Sigamos em frente, procurando pensar com a Igreja, no serviço da Verdade. Fique com Nossa Senhora e São José.
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