Servindo à verdade: Maria Goretti: virgem e santa (parte 2)

 

 
 

Olá, meu irmão e minha irmã. No mais recente “Servindo à Verdade” apresentei de modo brevíssimo um resumo biográfico de Santa Maria Goretti. Agora, convido-o a refletir sobre dois aspectos que se destacam na vida da pequena Maria: virgindade e santidade. 
 
Em nossos dias, com  a propagação do “amor livre” e sem compromisso, quando muitos jovens não mais se empenham em se guardarem para a intimidade matrimonial, falar em virgindade é algo “fora da moda”. A virgindade implica em falar de castidade.
 
Ensina a Igreja: “A castidade há de distinguir as pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida: umas, na virgindade ou no celibato consagrado, maneira eminente de se dedicar mais facilmente a Deus com um coração indiviso; outras, de maneira como a lei moral determina, conforme forem casados ou celibatários. As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência” (CIC, 2349). Não vou neste artigo analisar os modos de viver a castidade. Basta-me apenas destacar que todo batizado é chamado a viver a castidade. Parece que Maria Goretti intuiu isso bem cedo, chegando ao ponto de preferir morrer a perder sua virgindade. Queria permanecer pura, mesmo que custasse sua vida: “Deus não quer, é pecado!”, protestou ela diante do agressor que pretendia violá-la. São  Pio de Pietreltina, sacerdote, dizia que a virtude da castidade eleva-nos da natureza humana à natureza angélica. Ou seja, mediante a castidade nos tornamos semelhantes aos anjos. 
 
A partir da perspectiva acima, notamos que a castidade não se esgota em si. Ela é um meio, uma virtude que nos dirige à santidade. 
 
A Igreja ensina: “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade” (CIC, 27). Essa vocação do homem à comunhão com Deus é expressa de maneira poética por Santo Agostinho na obra “Confissões” (2002, p.15): “fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em ti”. A vocação à comunhão com Deus toca a todos desde o Antigo Testamento até nossos dias, é uma vocação universal que a Igreja nos propõe como vocação à santidade: “Sereis para mim santos, porque eu, o Senhor sou Santo” (Lv 20, 26). O Concílio Vaticano II declarou que “todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia, quer façam parte da grei, são chamados à santidade segundo a palavra do Apóstolo: ‘esta é a vontade de Deus, a vossa santificação’ (1Ts 4,3; Ef 1,4)” (LG 39). Não é possível dizer-se católico sem sentir-se vocacionado à santidade. Ser santo deve ser um desejo comum a todo batizado. Pensa-se, por vezes, que ser santo é algo que cabe somente ao padre ou à freira. Esse pensamento esconde uma concepção medíocre de catolicismo. Deveríamos aprender com Santa Maria Goretti e perceber que vida plena, só em Deus. 
 
A maturidade de Maria Goretti realmente impressiona, da perspectiva espiritual. Que ela nos ajude em nossa caminhada rumo ao Céu. 
 
Sigamos em frente, procurando pensar com a Igreja, no serviço da Verdade. Fique com Nossa Senhora e São José. 

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