Servindo à Verdade: Missão dos pais

 
Olá, meu irmão e minha irmã. No último “Servindo a Verdade” fiz algumas considerações sobre a família na atualidade. Concluí falando sobre contra-valores. Retomo o tema apontando alguns exemplos.
 
As novelas constituem um meio muito eficaz para formar (ou deformar) consciências; para promover modismos, costumes.
 
Se você for perspicaz, perceberá facilmente que muita gente repete os modelos que as novelas apresentam: a personagem “fulana” tem o nome do namorado tatuado em algum lugar do corpo e logo, várias jovens estão se tatuando. A personagem “sicrana” (mãe da “fulana”) é uma mulher moderninha, usa uma argola no nariz. Daí a pouco várias mães (querendo ser modernas) estão usando essa “moda bovina”. Tem também o personagem “beltrano” que na novela é visto no salão sempre retocando as “luzes” do cabelo. Seguindo esse modelo, muitos homens (maduros?) gastam horas e dinheiro para ter um cabelo igual ao do “beltrano”.
 
Essa dimensão estética chama nossa atenção, entretanto parece-me que não é a questão mais grave.
 
As questões de maior gravidade estão, sutilmente, camufladas pelos aspectos estéticos.
 
Os personagens são no que tange ao comportamento moral, liberais, são “desprovidos de preconceitos”, são extremamente flexíveis no que diz respeito ao comportamento sexual, pois afinal “o que importa é ser feliz”. Esta expressão é um velho clichê que revela a praga do pensamento “politicamente correto”. Esse clichê é repetido ao infinito nas novelas, exemplificado pelos personagens e assumido por muita gente como filosofia de vida.
 
O mais triste é que muitos católicos assumem essa “filosofia” e torna esse clichê, modo de agir. Ou seja, a filosofia clichê é, ao mesmo tempo, o “evangelho” da permissividade, instrumento da perversão da família.
 
Pais que se deixam levar pelo “evangelho” da perversão não serão capazes de – por exemplo – educar os filhos para a virtude da castidade. 
 
A cultura atual não favorece educação para as virtudes. Quantos pais, esforçados, precisam ir contra a correnteza cultural contemporânea! No documento AMORIS LAETITIA o Papa Francisco disse que “Um dos desafios fundamentais que as famílias enfrentam hoje é seguramente o desafio educativo, que se tornou ainda mais difícil e complexo por causa da realidade cultural atual e da grande influência dos meios de comunicação” (84).
 
Educar e ensinar virtudes aos filhos é missão dos pais.
 
Ensinar (latim in- signare), quer dizer imprimir um conhecimento no interior do outro. Educar (latim e – ducere) pode ser entendido como ação que conduz o outro para fora.
 
Então, a pessoa ensinada nas virtudes é educada para longe de uma vida degradante e decadente. 
 
Disse São João Paulo II: “Embora no meio das dificuldades da obra educativa, hoje muitas vezes agravada, os pais devem, com confiança e coragem, formar os filhos para os valores essenciais da vida humana” ( FC. 37).
 
Formar os filhos para vida virtuosa é missão dos pais. Mas, isso só é possível se vivermos virtuosamente. Será que vivemos de modo virtuoso?
 
Sigamos em frente buscando pensar com a Igreja no serviço da verdade. Fique com Nossa Senhora e São José.

 
 
 
 
 

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