Dia 06, a Igreja celebra a Solenidade da Epifania do Senhor que tradicionalmente é festejada 12 dias após o Natal, no Dia de Reis. A data comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2 1 -12), vindos do Oriente para adorar o Senhor, ou seja, o Menino Jesus, o Filho por Deus enviado para a salvação da humanidade.
Na Arquidiocese de Belém as 87 paróquias celebram a Solenidade da Epifania do Senhor, no dia 6 de janeiro.
A Epifania do Senhor é a festa que comemora a manifestação de Jesus Cristo como Messias – Filho de Deus e Salvador do mundo. A primeira manifestação se dá aos reis magos que, guiados por uma estrela, chegam a Belém e, ao ver o Menino com Maria, sua Mãe, ajoelham-se diante dele e o adoram. Mago quer dizer sábio, deviam estar estudando astronomia daí porque viram o surgimento de uma estrela diferente e se colocaram a caminho para encontrar o que ela indicava.
São Beda, monge beneditino, que viveu de 673 a 735, escreveu sobre os reis magos, sendo eles três: Melquior, cujo nome quer dizer “meu Rei é luz”, veio de Ur na Caldéia. É ele quem oferece o ouro. Gaspar, cujo nome quer dizer “aquele que vai confirmar”, veio do mar Cáspio, é ele quem oferece o incenso. Baltasar, cujo nome quer dizer “Deus manifesta o Rei”, veio do Golfo Pérsico. É ele quem oferece a mirra. Os presentes oferecidos ao Menino expressam a missão que Ele veio realizar entre os homens. Ouro simboliza sua realeza; o incenso, sua divindade; a mirra, sua humanidade sofredora.
Reflexão sobre a Epifania do Senhor
O Jornal Voz de Nazaré contou com a colaboração do padre Idamor da Mota, pároco da Paróquia de Santa Paula Frassinetti, localizada na WE72, n° 762, Cidade Nova VI, Coqueiro, em Ananindeua. Lá a missa solene da Epifania do Senhor será celebrada no dia 06, às 19h. Em sua reflexão, o sacerdote explica a solenidade:
"A palavra Epifania é de origem grega e significa “manifestação” ou “aparição”. No contexto católico, a festa da Epifania do Senhor é celebrada aproximadamente desde o ano 361 d.C. Também é conhecida como festa dos Reis Magos ou “Dia de Reis” e é celebrada com muita ênfase no Oriente até mais do que no próprio Natal. Nessa data comemora-se a visita dos reis magos vindos do Oriente para adorar o menino Jesus.
Mas o sentido verdadeiro da festa é comemorar a manifestação de Jesus como Messias de Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo. A visita dos Magos ao menino Jesus é significativa porque tem como sentido a revelação do Messias ao mundo pagão. Assim, a Epifania manifesta “a plenitude dos pagãos na família dos Patriarcas” e adquire a “dignidade israelítica” (CIC n.528).
Segundo alguns autores o nascimento de Jesus também foi uma epifania (manifestação) aos filhos de Israel. São João Crisóstomo identificava como significante o encontro dos magos com o rei Herodes. Dizia ele que “a estrela que os guiava ficou, a certo momento, escondida até que, ao encontrarem-se sem sua guia, não tiveram outra alternativa senão consultar os judeus, na pessoa de Herodes. Dessa maneira, o nascimento de Jesus foi do conhecimento de todos”.
Na Igreja Latina (Ocidental) e na Igreja Oriental, a Epifania é celebrada no dia 06 de janeiro, sendo que em algumas Conferências Episcopais (como é o caso do Brasil) a data é celebrada no domingo seguinte a essa data. Também na Igreja Latina são comemorada como Epifania três manifestações distintas da vida de Jesus: a Epifania diante dos Magos do Oriente (manifestação aos pagãos), a Epifania do Batismo do Senhor (manifestação aos judeus) e a Epifania das bodas de Caná (manifestação aos seus discípulos)."
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Solenidade da Epifania do Senhor
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