Cerca de 400 bispos de mais de 50 países participaram, na manhã desta quarta-feira, 25 de junho, das celebrações do Jubileu dos Bispos em Roma, como parte do Ano Santo da Esperança. A delegação brasileira contou com aproximadamente 30 bispos, que se uniram ao grupo para um dia de oração, peregrinação e comunhão com o Papa Leão XIV.
O evento começou com a acolhida no Bracciodi Costantino, onde os prelados receberam os paramentos próprios do Ano Santo: estola, casula e mitra. Em seguida, teve início a peregrinação até a Porta Santa da Basílica de São Pedro. A missa foi celebrada no Altar da Cátedra, presidida pelo cardeal Marc Ouellet, prefeito emérito do Dicastério para os Bispos.
Após a Eucaristia, os bispos se reuniram para ouvir a catequese do Papa ainda na Basílica. O Santo Padre destacou a figura do bispo como “testemunha de esperança” e como homem de comunhão, fé, caridade pastoral e vida teologal.
O perfil do pastor segundo o Papa
Em sua reflexão, Leão XIV afirmou que o bispo deve ser “homem de esperança”, que mesmo nos momentos mais difíceis do povo, se mantém próximo, sustentando pela virtude teologal. O Papa ressaltou que o pastor não deve oferecer “receitas prontas”, mas o testemunho de vida cristã simples e vivida em comunidade.
O Pontífice descreveu ainda as virtudes essenciais ao ministério episcopal: prudência pastoral, pobreza evangélica, castidade vivida no celibato e virtudes humanas como lealdade, paciência, escuta e abertura de coração. O bispo, afirmou, deve ser “pai e irmão dos pobres”, alguém acessível, firme na fé e comprometido com a comunhão da Igreja local.
Profissão de fé e encerramento
Após a catequese, os bispos fizeram juntos a Profissão de Fé diante do túmulo do apóstolo Pedro, renovando seu compromisso com o Evangelho e com o serviço ao povo de Deus. O Jubileu foi encerrado com um almoço fraterno no pátio do Pontifício Seminário Romano Maior.
O Papa concluiu seu discurso exortando os bispos a serem promotores da unidade no presbitério diocesano: “Que cada presbítero experimente a paternidade, a fraternidade e a amizade do Bispo. Este espírito de comunhão faz crescer a Igreja na unidade”.
Fonte: CNBB
