
A Santa Sé divulgou nesta quarta-feira, 30, um comunicado pedindo oração das comunidades católicas de todo o mundo pelos cardeais que, por estes dias, preparam a eleição de um novo Papa.
“O Colégio Cardinalício, reunido em Roma e empenhado nas congregações gerais que preparam o Conclave, deseja dirigir ao Povo de Deus o convite a viver este momento eclesial como um acontecimento de graça e discernimento espiritual, na escuta da vontade de Deus”, indica o texto, enviado aos jornalistas e divulgado online.
Mais de 180 cardeais participam nas reuniões de debate pré-conclave, sobre os desafios da Igreja e o perfil do novo Papa, que decorrem no Vaticano, após a morte de Francisco.
“Os Cardeais, conscientes da responsabilidade a que são chamados, reconhecem a necessidade de serem sustentados pela oração de todos os fiéis. Esta é a verdadeira força que, na Igreja, favorece a unidade de todos os membros no único Corpo de Cristo”, assinala a nota.
Diante da grandeza desta iminente tarefa e das urgências do tempo presente, é necessário, antes de tudo, fazermo-nos instrumentos humildes da infinita Sabedoria e Providência do Pai Celeste, na docilidade à ação do Espírito Santo. É Ele, na verdade, o protagonista da vida do Povo de Deus, Aquele a quem devemos escutar, acolhendo o que diz à Igreja”.
O comunicado conclui-se com uma invocação à Virgem Maria, para que “com a sua intercessão maternal, acompanhe esta comum invocação”.
A cerimónia de entrada no Conclave e o juramento para a eleição do Papa vão decorrer às 16h30 (menos um em Lisboa) de 7 de maio.
A procissão de entrada parte da Capela Paulina do Palácio Apostólico, com os cardeais eleitores, acompanhados pelo canto das ladainhas, até à Capela Sistina, onde, depois do canto do ‘VeniCreator’ pronunciam o juramento antes da eleição.
Entretanto, prosseguem no Vaticano as Missas em sufrágio pelo falecido Papa, durante os nove dias de luto que se prolongam até 4 de maio.
Esta terça-feira, a celebração foi presidida pelo cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica Papal de São Pedro, no Vaticano.
O responsável destacou que Francisco, falecido a 21 de abril, defendeu que a Igreja deve ser “casa de todos”, citando a conversa entre o Papa e os religiosos jesuítas em Lisboa, durante a visita a Portugal por ocasião da JMJ 2023.
Na ocasião, o primeiro pontífice da Companhia de Jesus sustentou que “todos, todos, todos são chamados a viver na Igreja”.
Fonte: Agência Ecclesia / Por Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano