Dia Mundial da Paz

Papa pede reforço das instituições

Foto: Lusa/EPA
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O Papa apelou nesta quinta-feira, 18, aos governantes de todo o mundo para que retomem o “caminho desarmante da diplomacia”, pedindo o fortalecimento das instituições supranacionais em vez da sua deslegitimação.

“É o caminho desarmante da diplomacia, da mediação, do direito internacional, infelizmente contrariado por violações cada vez mais frequentes de acordos alcançados com grande esforço”, lamenta Leão XIV, na mensagem para o 59.º Dia Mundial da Paz, a celebrar no primeiro dia de 2026,

O Papa aborda a dimensão política da construção da paz, num contexto de “desestabilização planetária” cada vez mais imprevisível.

O documento pede aos responsáveis políticos que investiguem a fundo a melhor forma de harmonizar as comunidades a nível mundial, baseando-se na “sinceridade dos tratados e na fidelidade aos compromissos assumidos”.

Leão XIV adverte contra a tentação do “fatalismo” perante a globalização e os conflitos, rejeitando a ideia de que as dinâmicas atuais são fruto de forças anónimas impossíveis de controlar.

Para contrariar a estratégia de quem procura “semear o desânimo”, o Papa propõe o desenvolvimento de “sociedades civis conscientes” e formas de associativismo que promovam a participação não violenta.

“É necessário motivar e apoiar todas as iniciativas espirituais, culturais e políticas que mantenham viva a esperança”, escreve.

Citando a encíclica ‘RerumNovarum’ de Leão XIII, escrita no final do século XIX, o Papa sublinha a importância da cooperação e da justiça restaurativa, tanto em pequena como em grande escala, lembrando que a dignidade humana está hoje exposta aos “desequilíbrios de poder entre os mais fortes”.

A mensagem evoca ainda o Jubileu da Esperança, que a Igreja Católica vive até 6 de janeiro de 2026, deixando votos de que este Ano Santo leve milhões de pessoas a iniciar um “desarmamento do coração, da mente e da vida”.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968, pelo Papa São Paulo VI, sendo celebrado anualmente a 1 de janeiro pela Igreja Católica.

Fonte: Agência Ecclesia

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