Leão XIV recebe grupo de peregrinos ortodoxos

Papa Leão XIV com um grupo ecumênico dos EUA em CastelGandolfo, Itália. | Vatican Media
Papa Leão XIV com um grupo ecumênico dos EUA em CastelGandolfo, Itália. | Vatican Media

O papa Leão XIV se encontrou nesta quinta-feira, 17, com um grupo ecumênico dos EUA, liderado pelo arcebispo de Newark, EUA, cardeal Joseph Tobin e pelo arcebispo ortodoxo grego da América, Elpidóforo, encorajando-os a “voltar às raízes de nossa fé” em sua peregrinação à Itália e à Turquia.

Ao dar as boas-vindas ao grupo de seu “país natal” em sua residência papal em Castel Gandolfo, que fica a 24 km a sudeste de Roma, o papa disse que suas visitas a vários locais sagrados em ambos os países são uma “maneira concreta” de renovar sua fé no “Evangelho transmitido a nós pelos apóstolos”.

“A peregrinação de vocês é um dos frutos abundantes do movimento ecumênico que visa restaurar a plena unidade entre todos os discípulos de Cristo”, disse Leão XIV. “Conforme a oração do Senhor na Última Ceia, quando Jesus disse: para que todos sejam um”.

O papa reiterou a importância da unidade cristã, tema-chave de seu pontificado, no encontro, dizendo que Roma, Constantinopla e outras sedes episcopais “não são chamadas a competir pela primazia”, mas a seguir um caminho de “caridade fraterna” por meio do Espírito Santo.

“É significativo que a vossa peregrinação aconteça neste ano, em que celebramos 1.700 anos do concílio de Niceia”, disse ele.

“O símbolo da fé adotado pelos padres reunidos permanece – junto com as adições feitas no concílio de Constantinopla em 381 d.C”, disse Leão XIV. “O patrimônio comum de todos os cristãos, para muitos dos quais o credo é parte integrante de suas celebrações litúrgicas”.

O papa agradeceu especialmente a Elpidóforo por liderar o grupo ecumênico ao lado de Tobin.

“Em 7 de dezembro de 1965, na véspera da conclusão do concílio Vaticano II , meu predecessor são Paulo VI e o patriarca Atenágoras assinaram uma declaração conjunta removendo da memória e do seio da Igreja as sentenças de excomunhão que se seguiram aos eventos do ano de 1054”, disse ele. “Antes disso, uma peregrinação como a de vocês provavelmente nem teria sido possível”.

O papa pediu a ambos os líderes religiosos que levem suas saudações e “um abraço de paz” ao patriarca ortodoxo Bartolomeu de Constantinopla, que esteve na missa de inauguração de Leão XIV em 18 de maio, quando estiverem na Turquia para continuar sua peregrinação.

Ao encorajar a delegação dos EUA a ser “testemunhas e portadores de esperança” no Ano Jubilar 2025, o papa pediu aos peregrinos para aguardar ansiosamente o ano de 2033, quando os cristãos vão celebrar o 2.000º aniversário da “redenção conquistada pela paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus”.

“Espiritualmente, todos nós precisamos retornar a Jerusalém, a Cidade da Paz, onde Pedro, André e todos os Apóstolos, depois dos dias da paixão e ressurreição do Senhor, receberam o Espírito Santo no Pentecostes e de lá deram testemunho de Cristo até os confins da terra”, disse ele.

Antes de concluir a audiência, Leão XIV expressou a esperança de se reunir novamente com o grupo “dentro de alguns meses” para uma “comemoração ecumênica” para marcar o 1.700º aniversário do Concílio de Niceia.

O papa não disse no encontro se fará ou não uma viagem apostólica à Turquia este ano para celebrar a ocasião em İznik, nome atual de Niceia.

Fonte: ACI Digital / Por Kristina Millare

Compartilhe essa Notícia

Leia também