Numa pequena cidade da área metropolitana de Belo Horizonte viveu um padre muito simples, teve o titulo de monsenhor, Rafael Arcanjo Coelho. Foi um homem simples, humilde, manso e trabalhador, que dedicou boa parte de sua vida para servir aos mais pobres e esquecidos do interior. Na década dos anos 40, diante da escassez e da miséria de muitos lavradores, este criativo padre teve a iniciativa de começar uma ação que ganharia grande destaque no seio da Igreja. Na contemplação da cruz, do amor ao Sagrado Coração de Jesus e da eucaristia, ele entendeu que o sofrimento humano estava crucificado ao de Cristo e que necessitava de uma ação solidária. Sentia que precisa ajudar as pessoas n resgate da dignidade, da própria história e da vivência da fé de forma lúcida e alegre.
Com muito esforço ele reuniu as primeira seis jovens para uma ação de evangelização e serviço aos mais pobres, assim nasceu em 17 de maio de 1946 a Congregação da Beneficiência Popular. As irmãs surgem para se tornarem à presença viva do amor compassivo de Deus, que brota da Eucaristia e as tornam missionárias populares, ali onde o povo mais sofre. Apenas com as armas da humildade, simplicidade e mansidão, vivendo com o povo, as irmãs se tornam tudo para todos.
A espiritualidade carismática da congregação nasce do mistério do amor de Cristo, plasmado em seu Sagrado Coração. Ao contemplar o aniquilamento de Jesus na cruz, elas procuram viver as mesmas dores e esperanças do povo.
Passaram-se mais de 60 anos do inicio daquela experiência carismática e as irmãs continuam atuando na simplicidade. A lembrança do fundador ainda está viva e empurra as irmãs a continuarem fieis ao carisma. Há um fato misterioso ao redor de uma aparição de Maria a uma menina chamada Maria Cornélia em 11/11/1953, tornando assim o local das aparições em Alvinópolis, como um monte santo onde Deus quis manifestar a sua gloria.
Assim a vida religiosa consagrada segue seu caminho de luz, sal e fermento, dando origem a um vasto movimento de homens e mulheres que permanecem ao pé da cruz do Senhor, crucificados com ele, na certeza de que o sofrimento tem um sentido salvífico e que a graça de Deus que perdoa sempre não deixa seus filhos órfãos, mesmo numa sociedade de orfandade, injustiças e fome. Como Monsenhor Rafael desejamos que a fome de Deus permaneça, mas a fome do pão cotidiano se acabe; e a vida religiosa está a serviço desta transformação como realidade profética, mística e missionária.
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Vida Religiosa Consagrada: Tudo para todos e todas
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