Mês de outubro é tradicionalmente considerado como mês missionário. Contudo, a missão é nossa natureza enquanto Igreja. Nascemos para evangelizar. A vida religiosa consagrada sente este apelo desde suas entranhas. Seja a vida monástica como os Institutos de vida apostólica, todos somos missionários. Nossos fundadores e fundadoras sonharam e concretizaram projetos de missão nas periferias humanas segundo os apelos do Espírito.
Há religiosos e religiosas que nasceram com este impulso missionário próprio, por exemplo, os Combonianos, Xaverianos, Consolata. Comunidades apostólicas que vencem as barreiras de Provinciais, países e continentes e enviam seus religiosos e religiosas para áreas de fronteira. Contudo, os demais Institutos e comunidades de vida também saboreiam o ideal missionário mergulhando a fundo nas realidades locais, nos areópagos modernos da comunicação e nos ambientes de maior pobreza, no vasto campo da educação. A missão é compreendida como uma aldeia aberta com possibilidades diversas e muitos desafios.
Religiosos e religiosas são cristãos que ouviram o chamado a uma consagração exclusiva a Deus concretizada na obediência pronta e alegre, na castidade vivida como amor incondicional aos outros, na pobreza como partilha de dons e de bens, vida fraterna em comunhão de vidas e na missão carismática do Instituto na fidelidade dinâmica.
Portanto, ser consagrado e consagrada significa responder com generosidade ao chamado de Deus para estar à disposição do Reino. Evidentemente que há momentos de tensões, de dificuldades, de medos e até desânimos, mas a confiança em Deus nos projeta para ir mais adiante, um passo mais para frente e um renovado recomeço a cada manhã.
Vida consagrada não tenha medo de Deus, diria São João Paulo II, porque ele não tira nada de nós, não nos anula, nem nos maltrata, mas nos ama tanto que se faz pequeno com os pequenos, grande com os grandes, pobre com os pobres e nos envia com ele às periferias existências humanas sempre com a boa nova do Evangelho, “a força de Deus que salva” (Rm 1,15).
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