Corda do Círio de Nazaré chega em Belém

Expectativa, este ano a corda voltará a ser usada nas duas mais tradicionais procissões

 

Cerca de 15 dias na estrada foi o tempo necessário para que a Corda do Círio, um dos principais ícones da festividade de Nossa Senhora de Nazaré, chegasse a Belém. A peça está em solo belenense desde o dia 22 de setembro.

É grande expectativa para os devotos, pois este ano, a corda voltará a ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. Devido às limitações impostas pela pandemia causada pela covid-19, nos últimos dois anos, as procissões com a imagem Peregrina nas ruas não puderam ser realizadas.
A corda foi adquirida pela Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), mas foi apenas exposta para que os fiéis que, normalmente, fazem seus pagamentos de promessas com ela, dessem prosseguimento a esta tradição, mesmo que de forma diferenciada.

“A nossa expectativa é grande para utilizá-la nas duas procissões. Estamos trabalhando com esta intenção, mas é claro que para isso se confirmar precisaremos analisar o cenário da saúde e as diretrizes dos órgãos de segurança mais próximo das procissões”, avalia Antônio Sousa, diretor de procissões.
A corda foi produzida em Santa Catarina, na cidade de Penha, como nos anos anteriores. A empresa responsável é a Itacorda e a Expresso Vida Transporte foi a responsável pela chegada em Belém.

Um dos símbolos que representam a fé dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré é de sisal, tem 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro. A corda chega a Belém dividida em duas partes de 400 metros, prontas para Trasladação e o Círio, cada uma. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.

Revisão da corda
Sábado, 24 de setembro, a partir das 15h, a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) e a Guarda de Nazaré realizam uma revisão geral na Corda do Círio. A vistoria, que será realizada no colégio Santa Catarina de Sena, em Nazaré, visa checar detalhes do ícone da festa de Nazaré como argolas, nós e estações, além da medição dos 800 metros da corda, para saber se estão em perfeitas condições.

Histórico
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.

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