A Bíblia diz que depois do Dilúvio Deus fez nascer a primeira videira. Ela produz uvas saborosas e vinho delicioso.
Dizem que o diabo, atento na sua maldade, previu a grande produção que iria acontecer e botou nela o seu veneno.
Fingindo ajudar, no 1º mês ele regou a videira com sangue de pavão; no segundo mês a regou com sangue de macaco; no 3º mês com sangue de leão e por fim com sangue de porco.
A videira cresceu vistosa, floresceu e produziu muitas uvas perfumadas, doces, nutritivas e saborosas. Todos comeram à vontade e ainda sobrou muita uva. Para não estragar, Noé esmagou as uvas e as transformou em vinho saboroso, saudável e nutritivo.
Até hoje, quando alguém bebe vinho com moderação, absorve o espírito do pavão: fica feliz, alegre e eufórico.
Se exagerar um pouco, entra nele o espírito do macaco: faz macaquices, esquisitices, brincadeiras e é muito divertido.
Se beber mais, assume o espírito do leão: ele se julga forte, valente, invencível, dominador, um rei. Nesse estado ele ofende, briga, fere e chaga a matar até seus amigos e familiares.
Se beber ainda mais, entra nele o espírito de porco: libera seus instintos baixos, cospe, vomita, urina e se emporcalha. Nesse estado ele tropeça, cai, fica imundo e até dorme no chão.
Todo mundo sente nojo do bêbado. Só ele acha que não está fazendo nada de mal. Passada a embriaguez, se alguém lhe contar o que viu, ele nega, não quer acreditar e esquece.
Depois do vinho, o homem inventou a cachaça, a cerveja e outras bebidas alcoólicas, que segue a mesma regra do vinho.
Beber um pouco de vinho faz bem. Jesus, os apóstolos e seus discípulos também beberam e ficaram alegres e faceiros.
Mas quem exagera será possuído pelo espírito do macaco, do leão ou do porco, e perde a sua dignidade humana.
Todo o exagero, seja qual for, sempre faz mal.