A celebração da missa – Parte 14 – O Altar e seu poder de comunicação

Por Padre Antônio Mattiuz, csj

A CELEBRAÇÃO DA MISSA – 14 – O Altar e seu poder de comunicação – Frei Avelino Assis.

Frei Avelino Assis escreveu esse ótimo livro sobre liturgia.

Entre outras coisas ele escreveu também isto:

O Papa João Paulo II disse: “O ministro do altar empresta sua voz e sua pessoa a Cristo ressuscitado, vivo e presente na celebração. Os agentes da liturgia representam o apóstolo, o profeta e o escritor da Palavra da Bíblia, e precisam reproduzir em si tal personagem”.

A Palavra só convence e só tem sabor se for proclamada com convicção, competência e entusiasmo. Sem isto ela se torna vazia e estéril – pg. 19-20.

Antes de subir ao altar, padre e os agentes da liturgia precisam se envolver no óleo da oração como o motor de um carro.  Um carro sem óleo estoura.  Assim acontece com a equipe do altar sem a oração – pág. 21.

A proclamação da Palavra deve ser feita com fé, técnica e arte.

A Formação da equipe do altar é indispensável, pois é pela formação que se combatem as trevas e se acendem as luzes.

O povo percebe logo se o padre e se a equipe do altar se prepararam bem. 

Antigamente uma mulher se achava muito linda até o dia em que se viu no espelho.  A equipe do altar também precisa ver-se no espelho, gravando suas leituras e seus cantos, e depois escutar-se.

Aprenda sempre dos locutores de rádio e televisão: veja como eles falam, como pronunciam as palavras e faça o possível de imitá-los. 

Hoje o povo não suporta mais um leitor que erra e que lê sem expressão.

A equipe do altar é a responsável pela presença ou pela fuga dos fiéis.

Cantores e músicos são fiéis como os demais.Não podem dar show, nem cantar sozinhos, nem fazer barulho, mas ajudar o povo a cantar. 

O som nunca deve ‘cobrir’ ou sufocar as vozes do povo. 

O alto volume inibe e sufoca a voz de quem se atreve a cantar. 

A Igreja pede ao povo cantar, mas certos cantores abafam tudo.

A microfonia, a distorção da voz e os ruídos causam mal estar nos fieis. 

A boa dicção é indispensável, mas para isto, é preciso muito treino.

É preciso pronunciar bem as palavras e também as últimas sílabas. 

Péssimo costume é engolir as últimas sílabas.  Se engolir sílabas engordasse, alguns leitores de Igreja estourariam de tão gordos.

São Paulo disse: “Prefiro dizer só cinco palavras que todos entendem do que dizer 10.000 que não sejam entendidas” – 1Cor 14,19. 

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