Por Padre Antônio Mattiuzm csj
A CELEBRAÇÃO DA MISSA
07 – USO DO MICROFONE NA CELEBRAÇÃO
Para usar corretamente o microfone basta um mínimo de conhecimento, bastante treinamento e boa dose de humildade para adequar-se. Esta deveria ser a grande prioridade da igreja e todos para uma boa liturgia.
Os agentes da liturgia precisam ver como apresentadores de televisão usam o microfone e depois fazer como eles. Você já viu um comunicador de TV encostar o microfone na boca, produzir papados e voz distorcida? Tal pessoa seria logo demitida do emprego.
Pela pesquisa, o mau uso do microfone é a maior fonte de insatisfação dos fieis nas celebrações litúrgicas; mas a Igreja pouco ou nada faz para curar essa ferida.
Para não arruinar tudo, é preciso manter o microfone na distância de uns 10 a 15 centímetros da boca como fazem os agentes da TV e rádios.
Os acadêmicos do seminário Pio X, numa pesquisa, ouviram 1.800 fiéis de 25 paróquias de Belém, na porta da igreja. 56% dos fiéis se mostraram insatisfeitos com o uso do microfone na celebração da missa.
O povo de hoje está habituado a ouvir um som quase perfeito. Mas em igrejas se obrigam ouvir papados e voz distorcida pelo mau uso do microfone. É por isso que muitos fiéis abandonam a igreja e não voltam mais às celebrações.
Menos de 9% dos católicos de Belém vão à Igreja nos domingos. Outros não voltaram mais e outros até mudam de religião. A culpa é só deles?
Se não melhorarmos, o pior virá! Dos que hoje frequentam a igreja, 50% estão insatisfeitos. E os insatisfeitos têm a forte tendência de não voltarem mais.
A igreja pouco ou quase nada faz para curar essa grave chaga. É preciso mudar! Mudar logo e com urgência, cada um fazendo a sua parte. É preciso formar, capacitar e habilitar os agentes da liturgia e também padres.
Carteira de habilitação – Eu sugiro isto: Só quem tem competência proclame a Palavra e só ele usem o microfone. Sugiro fazer cursos de capacitação com provas. A quem for aprovado seja dada carteira de leitor para proclamar a Palavra.
A boa vontade é necessária, mas não basta. É preciso capacitação e habilidade como para dirigir um carro ou pilotar um avião. Sem isto acontecem os desastres.