Ansiedade e Covid

Estamos a quase três anos vivendo sob uma doença pandêmica o que, por instinto, eleva a ansiedade, pelo receio, mesmo que inconsciente, de ser infectado. Isso é inevitável, assim como a ansiedade derivada da mudança de rotina: uso de máscaras, álcool em gel, quarentena, trabalho, atividade física, lazer e escola em casa, isolamentos, aumento de infecções e de mortes… Nesse contexto, claro que a elevação da ansiedade, da preocupação e do medo é normal e até necessária para que as pessoas percebam os perigos, se protejam e se defendam, tomando a vacina, por exemplo. É até desejável estar preocupado e ansioso neste momento. O desafio é não entrarmos na “cultura de medo”, na preocupação crônica e excessiva.

O excesso de preocupação é prejudicial e pode promover a ansiedade patológica cuja principal característica é a preocupação crônica e excessiva que causa sofrimento, tensão, insônia, desconcentração, interfere no trabalho e na vida social. Uma vez instalada, a preocupação crônica pode assumir todos os seus planos, esperanças e sonhos e, caso agrave o quadro, a pessoa emitirá comportamentos exagerados de segurança e higiene, ficará isolada socialmente além do necessário, dentre outros.

Em consequência desse contexto global, temos registros do aumento dos transtornos de ansiedade, que são variados e diferem entre si, necessitando de cuidados adequados. A ansiedade não tratada pode levar à depressão e, por vezes, o simples diagnóstico correto já leva a um alívio dos sintomas.

Como tratamentos (bem diferente de automedicação!), podemos utilizar: atividade física, dieta saudável, sono regular, exercícios de relaxamento, participar de grupos de apoio e evitar excesso de cafeína e álcool. Agora, caso você ou uma pessoa que você conheça apresente: pensamentos suicidas, incapacidade de trabalhar ou realizar as atividades diárias, incapacidade de se relacionar, abuso de álcool ou outras substâncias e sensação de tristeza e desânimo, por favor, procure um médico ou um profissional do comportamento (psicólogo e psiquiatra), busque ajuda. Fique bem!

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