Ansiedade, transtornos e estratégias – 2

Como esclarecido na Coluna anterior, a ansiedade é um estado de alerta quando há uma ameaça desconhecida e conflituosa, considerada normal, em algumas situações e um transtorno, quando essa preocupação se apresenta de forma excessiva e até paralisante.

Assim, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), temos cerca de treze transtornos, entre Fóbicos-Ansiosos e Outros Transtornos de Ansiedade. Nesta Coluna falaremos sobre o Transtorno de Ansiedade Generalizada e a Fobia Social.

O TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) é o tipo mais comum e frequente de ansiedade, caracterizado pela preocupação excessiva em relação a coisas relacionadas à vida ou rotina da pessoa, como: relações interpessoais, estudo, trabalho, condições de saúde, entre outros. Essa preocupação excessiva leva a sofrimento e a prejuízos das atividades diárias e da qualidade de vida da pessoa, tendo como principais sintomas: cansaço, irritabilidade, tensão muscular, insônia, palpitação e problemas gastrointestinais. As pessoas que sofrem com TAG mantêm preocupações crônicas e excessivas com prejuízos emocionais e fisiológicos, ou seja, tanto a mente como o corpo podem padecer. Outros problemas podem surgir em decorrência da TAG, os mais comuns são: depressão, ataque de pânico, abuso de drogas ansiolíticas e até de álcool. O tratamento do TAG inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica e, ainda, acompanhamento psicoterapêutico.

A Fobia Social (Transtorno de Ansiedade Social) se caracteriza pelo medo e ansiedade exagerados em situações de convívio social, nas quais a pessoa possa se sentir sob avaliação ou julgamento. Pessoas com esse tipo de ansiedade se sentem constrangidas e desconfortáveis em situações diárias comuns, como pedir uma orientação ou informação, manter uma conversa, encontrar pessoas fora do seu círculo familiar ou de amigos, ser observado ou falar em público. Diante dessas situações, o indivíduo teme demonstrar sua ansiedade e ser avaliado negativamente, provocar rejeição ou ofender alguém, sendo comum que evite as interações sociais ou que as viva com muito medo ou ansiedade, causando sofrimento ou até mesmo prejuízo social, ou profissional. O recomendado é buscar ajuda profissional, a fim de diagnosticar o problema adequadamente e obter a indicação do melhor tratamento, ressaltando que a fobia social pode atingir qualquer pessoa, sem distinção e, pode, ainda, ter relação com experiências traumáticas ou humilhantes, bullying.

Até a próxima!

Leia nossos Colunistas