Ansiedade, transtornos e estratégias – final

Finalizando a série sobre Ansiedade, Transtornos e Estratégias, falaremos hoje sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, o Estresse pós-traumático e, ainda, sobre as estratégias para gerenciamento da ansiedade. Vale lembrar que a ansiedade é uma resposta natural do nosso corpo, um mecanismo de sobrevivência para lidarmos com situações diárias e deve merecer nossa atenção quanto ao gerenciamento para caso chegue a atrapalhar o andamento da vida normal.

O Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) caracteriza-se pela junção de pensamentos obsessivos e atos compulsivos que podem se manifestar por ideias, imagens ou pensamentos repetitivos. Os ciclos de compulsão e obsessão, além de causar ansiedade, podem prejudicar a qualidade de vida e até incapacitar a pessoa para suas atividades diárias. Na obsessão, ocorrem pensamentos intrusivos, persistentes e indesejáveis, incontroláveis e nas compulsões, as pessoas fazem ações repetitivas para tentar diminuir a ansiedade e o sofrimento causado por essas obsessões.

Ao passar por um evento traumático que ameace a integridade, como um assalto, acidente de trânsito ou a perda de alguém especial, podem ocorrer sintomas de um estresse pós-traumático, cujas crises de ansiedade podem ocorrer ao relembrar o evento traumático, apresentando sintomas, como: falta de ar, taquicardia, sudorese e sensação de medo constante. A pessoa com TEPT (Transtorno de estresse pós-traumático) pode apresentar um comportamento diferente, se tornando mais inibida ou mais extrovertida, tendo sua reatividade emocional aumentada, geralmente evitando falar sobre o que aconteceu.

Gerenciar a ansiedade é um desafio, mas existem estratégias e até mesmo mudanças que podemos fazer para nos auxiliar, como: Psicoterapia; Atividade física regular; Meditação e Respiração observada; Ouvir música; Manter uma alimentação saudável; Ter uma boa rede de apoio, dentre outras.

Para finalizar, gostaria que ficasse bem claro que não é porque a pessoa sentiu falta de ar, por exemplo, que está com um transtorno ou tendo uma crise de ansiedade. Nós somos seres bio-psico-social-espiritual, ou seja, somos um todo, integrado e complementar, isto é, não somos e não nos resumimos a um sintoma. Fundamental, além de entender um pouco sobre os processos ansiosos, é nos conhecermos, sabermos quem somos e sabermos identificar em nós algum desequilíbrio ou a necessidade de maior atenção e cuidado em uma área de nossas vidas. Fique bem, até a próxima!

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