Nos artigos anteriores falamos sobre três emoções, quais sejam: Medo, Raiva e Alegria. Hoje, finalizaremos essa série conversando sobre as Emoções do Nojo e da Tristeza.
O Nojo, ojeriza ou asco, implica a sensação de repulsa, de rejeitar ou evitar algo (real ou imaginário), sendo considerada uma emoção negativa geralmente notada na expressão facial da pessoa. Pode ser dividida em nojo físico (associado à impureza física, um local fedorento, um peixe apodrecendo) e nojo moral (desvio de verbas públicas para vacinar idosos ou para merenda escolar), sendo uma emoção que nos ajuda a ficar longe de coisas que podem nos adoecer, como comidas estragadas, bem como de pessoas como atitudes erradas/nojentas.
A Tristeza pode ser definida como um estado de desânimo, cansaço e solidão, da qual, apesar de muitos buscarem fugir, é uma emoção completamente normal e saudável, com a função de nos ajudar a estarmos conscientes dos acontecimentos da vida. Possui vários níveis de intensidade, desde um estado de desapontamento até a angústia, e pode ser despertada / provocada por diversos acontecimentos (conflitos, perdas de entes queridos, desilusão amorosa, problemas financeiros, questões profissionais, etc), impactando diferentemente a diferentes pessoas. Assim, importante observar que aquilo que para mim não é motivo de tristeza para o outro pode ser um grande gatilho para tal emoção.
Entrar em contato conosco, aceitar e vivenciar a tristeza como parte de momentos de nossas vidas, torna-se uma possibilidade de realizarmos escolhas com mais consciência. No entanto, é importante ficar atento quanto ao tempo de duração e a intensidade da tristeza, considerando que em seu aspecto geral a tristeza saudável deve ser passageira, gerando uma diminuição do estado de ânimo e, ainda, uma redução da atividade cognitiva, levando o corpo a economizar recursos e evitar esforços sem necessidade; é, assim, uma emoção de autoproteção que pode gerar a busca de apoio social (amigos, profissionais de escuta), visando sair de uma situação de tristeza.
Por fim, as emoções são informações muito úteis que podem funcionar como “guias” para a nossa vida, nos auxiliando a agir em diversas situações, considerando que cada uma delas tem uma função específica e todas são necessárias. Então, reconhecer o que sentimos e como estamos lidando com o que sentimos são os primeiros passos para respeitarmos o que sentimos e vivera vida com mais consciência e responsabilidade.