A separação de um casal é sempre muito traumática para toda a família, para parentes, amigos e para a comunidade eclesial.
A separação de um casal cria traumas parecidos aos de um enfarte cardíaco ou de um AVC que deixam sequelas dolorosas.
As maiores vítimas são as partes mais frágeis: mulher e filhos.
Quem mais luta para salvar o casamento também mais sofre.
Foi realizada uma pesquisa em 9 nações da Europa, inclusive na Rússia, e revelou os efeitos malévolos das separações do casal nos filhos: em torno de 90% dos jovens envolvidos em crimes, roubos, drogas, assaltos eram filhos de pais separados ou muito desajustados.
No Brasil não há pesquisa assim, mas creio que não é diferente.
Para crescerem com equilíbrio psíquico os filhos precisam da presença viva e ativa da mãe e do pai.
Alguém me disse: “Mas até os nossos filhos pediam a nossa separação, pois a convivência era um inferno, cheia de brigas”.
Tal inferno acontece por graves falhas de um ou em ambos os cônjuges na preparação e na condução do casamento.
Em caso de separação e de divórcio, para minimizar esses graves danos nos filhos, a justiça civil dá a guarda compartilhada aos pais, a menos que um deles seja prejudicial aos filhos pelas suas atitudes ou pela sua vida desregrada.
Para o bem dos filhos, da família e da sociedade, é preciso ajudar os casais a viverem bem o matrimônio e tornar a família o ninho da vida e do amor.
Os agentes da Pastoral Familiar atuam com esse objetivo.
Os Tribunais Eclesiásticos são os hospitais e as UTIs que socorrem casais, mas só depois de separados.
Trabalhar na formação, na preparação para casamento e na Pastoral Familiar é obra de caridade e de misericórdia, não só para os casais, mas também para toda a sociedade.
Há bons subsídios da Igreja para ajudar os agentes da Pastoral Familiar, mas quase nenhum para a preparação ao matrimônio.