Caminhando juntos, com Maria, a cidade se enche de alegria!

A mensagem de nosso pastor Dom Alberto nesta semana da grande festa de Nossa Senhora de Nazaré tem por título: O CÍRIO, IGREJA DE PORTAS ABERTAS. Com grande maestria, em seu artigo semanal, Dom Alberto apresenta os vários motivos pelos quais efetivamente a tradição do Círio de NSN expressa que a nossa Igreja é assim, isto é, “Igreja de portas abertas”.

1. Tempo de ação de graças. Muitas pessoas vêm até o Círio para expressar agradecimentos a Deus por graças recebidas por intercessão de Maria. Assim como o samaritano que, curado da lepra, voltou até Jesus para agradecer-lhe “no Cério de Nazaré, multiplicam-se aos milhões as pessoas que imolam a Deus sacrifócios de ação de graças e cumprem seus votos, conduzidos pelas mãos carinhosas de Nossa Senhora de Nazaré”.

2. Tempo de louvor e festa. No Círio “se manifesta a oração em sua forma destinada a durar pela eternidade, o louvor! Sim, porque no Céu terão cessado os pedidos de perdão, as súplicas já estarão atendidas, passando para o Paraíso a Contemplação de Deus, na Comunhão com a Trindade Santa, na ação de graças perene e no louvor, com os anjos e os santos, entre os quais desejamos estar presentes”!

3. Tempo de acolher os mais distantes. Existem muitos tipos de cristãos que frequentam as suas comunidades. Há aqueles sempre fiéis, há aqueles que vêm em certas ocasiões que julgam especiais para eles, há aqueles que raramente frequentam e os que nunca vêm à sua comunidade. E “sabemos que para tantas pessoas, a participação no Círio é uma das ocasiões privilegiadas, quiçá para muitos a única, de um contato com um evento de Igreja de tal porte. Dirigimo-nos a quem está ou se sente afastado da Igreja, por própria responsabilidade ou por culpa de outros. Dizemos diariamente a Maria: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores”! E aqui estamos todos incluídos e acolhidos, pois ninguém pode considerar-se justo diante de Deus. Todos somos acolhidos pela porta da Misericórdia! O manto aberto de Maria, Mãe e Mestra, abre-se para todos, sem exceção. Não é por ocaso que ela recebeu o título de Mãe da Misericórdia. A todos se dirija a mensagem do Papa Francisco para este Círio: “Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”.

4. Tempo de acolher os enfermos. Assim como “tantos enfermos acorreram a Jesus e todos foram bem recebidos e tocados com a graça” … “neste Círio, cheguem até o Senhor, conduzidos pelas mãos daquela que é chamada Saúde dos Enfermos, todas as pessoas que padecem em seu corpo, inclusive aquelas que carregam as sequelas da pandemia”!

5. Tempo de religação a Deus. “Nosso olhar se volta agora para a corda, ícone precioso de nossa devoção. Insistimos em ligá-la à palavra encontrada no Livro do Profeta Oséias: “Eu os envolvi com laços de amizade, eu os amarrei com cordas de amor; fazia com eles como quem pega uma criança ao colo e a traz até junto ao rosto. Para dar-lhes de comer eu me abaixava até eles” (Os 11,4). A corda nos liga à história do Círio e de nossas chuvas tantas vezes torrenciais, à união do povo para “guardar e proteger a santa”. Ela faz com que se prolongue a extensão da Imagem Peregrina e de seu manto, para chegar a todos os devotos. Assim, todos podem tocar e ver o Ícone da presença mariana entre nós”!

6. Tempo de olhar para a Berlinda. “A Imagem Peregrina não está fechada e limitada por ela, mas significa a abertura de sua presença e testemunho para todos os lados. Nela, somos convidados a descobrir um símbolo do que nossa Igreja quer viver, indo ao encontro de todos, especialmente os mais pequeninos, os mais sofredores, os pecadores. Pedimos a Nossa Senhora, Mãe da Igreja, que este seja o Círio da Igreja de Belém aberta para todos, a fim de oferecermos nossa contribuição à sociedade, nosso mundo machucado e cansado, e nossas cidades se encham da alegria transbordante do mesmo Círio”.
Feliz Círio a todos!

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