Celebração pelo Arcanjo Miguel

Foto: Divulgação

Olá, meu irmão e minha irmã!
Nos encaminhamos para o fim de setembro, “mês da Bíblia”. Porém, setembro também é marcado pela celebração litúrgica dos Arcanjos Rafael, Gabriel e Miguel.

Aliás, Miguel, será o assunto de nossa conversa. Quero lhes contar, poeticamente, a vitória sobre o Mal.

Miguel, nos conta a Tradição, seria aquele que defende “os direitos de Deus”. Ele é “Quem como Deus?”. A resposta: Ninguém. Nessas expressões estão contidas a virtude e a humildade. O oposto da humildade é a soberba. Acaso há maior soberba do que querer o lugar de Deus? É satânico! Esse foi o pecado de Lúcifer. Diante da soberba de Lúcifer, Miguel foi o primeiro que o enfrentou: Quem como Deus?”. O humilde (Miguel ) enfrentou o poderoso (Lúcifer).

De acordo com a obra Summa Angelorum, de Ferdinand Helbok (Paulus, 2016), a hierarquia angelical é dividida em três escalões (coros): 1-Serafins, Querubins e Tronos; 2- Dominantes, Potestades e Virtudes; 3- Principados, Arcanjos e Anjos.
Miguel é Arcanjo. Lúcifer é Serafim. Este estaria no topo, aquele seria do oitavo grupo.

Como o mais fraco venceu o mais forte? Pela humildade.
Três verdades reveladas por Deus fizeram Lúcifer se revoltar: 1- Deus se faria Homem; 2- Morreria na cruz; 3- Se encarnaria no seio de uma mulher.
Lúcifer achou inconcebível tudo isso. Essas realidades não seriam dignas da majestade divina: Como Homem, Deus se tornaria inferior aos anjos, logo, indigno de adoração. Morto numa cruz, mortal, portanto, indigno de ser servido. Encarnado no ventre de uma mulher, uma criatura inferior. Isso era insuportável para o “poderoso Lúcifer”. Como alguém inferior seria sua rainha? Mas a humildade de Maria reflete a majestade de Deus. Logo, com essas três negações, ele rejeita Deus. Revoltou-se.

No entanto, uma vez se faz ouvir: Quem como Deus?
Era aquele Arcanjo, cuja expressão passou a significar seu nome: Miguel.
Miguel foi capaz de reconhecer no rebaixamento, na fraqueza, na encarnação no seio de Maria, na entrega da Cruz a absoluta manifestação do seu Poder, que é Amor.

Desse modo, o pequeno Miguel, o humilde Miguel, o obediente Miguel derrota o poderoso, soberbo e forte Lúcifer (cf. Ap 12, 7segs).
Para nós, fica a lição: Satanás não vence, não suporta um coração humilde, pois, num coração humilde reina o amor de Deus, num coração humilde ecoa a voz de Miguel: Quem como Deus?

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Fique com Nossa Senhora e São José.

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